
A definição de romance então.... Super propícia para o dia dos namorados. Por isso q eu vou é comemorar com um jantar regado a muito vinho, com um bando de amigas solteiras de cia.!!!! ;)

eu e minha Quilmes.
e eu e minha sister.
E por hoje é só pessoal!! =P
Aonde está o que você quer
Pra me transformar no que te agrada
No que me faça ver
Quais são as cores e as coisas pra te prender
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei
Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?
Ás vezes te odeio por quase um segundo
Depois te amo mais
Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo
Tudo que não me deixa em paz
Quais são as cores e as coisas pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei
A alguns dias dei de cara com esse video simplesmente incrivel. chega a ser engraçado me deparar meio que por acidente, com uma fala que consegue resumir, em poucos minutos, tudo aquilo que eu saí da faculdade querendo dizer.... o video fala sobre a criação de esteriótipos e do perigo de termos apenas uma versão de algo - seja de fatos ou de culturas.
falei muito disso na minha monografia, desta relação entre poder e cultura, e de como o poder acaba moldando o imaginário popular - e criando versões únicas e verdadeiras de povos, nações e da própria história. não consegui evitar de sorrir qdo ela fala, no final do video, sobre nollywood, a industria de cinema nigeriana (a maior do mundo em numero de produções), pois lembrei de ver a mesma reação descrita por ela, em meu orientador, ao ler meu capitulo que falava sobre como essa industria estava revolucionando o mercado e a imagem dos nigerianos. mesmo ele, professor de antropologia, nunca havia ouvido falar dessa industria, e ficou espantando ao saber que um país africano havia sido responsável por um boom cultural dessas proporções. mesmo ele - profundo entendedor das diferenças culturais do mundo - em um primeiro instante se chocou com a quebra deste paradigma: o da miséria econômica e cultural africana.
qtas vezes, em sala de aula, nos deparamos com colegas e até mesmo professores se referindo à Africa como sendo um único país, uma massa homogênea de pobreza e falta de perspectivas? e o fato de estarmos pagando para aprendermos exatamente as diferenças entre culturas que tanto permeiam as relações internacionais só tornava tudo mais ridiculo.
mas o que eu mais gostei desse vídeo (e depois de tanto texto, talvez vcs até percam a vontade de ver o tal vídeo), foi a percepção de que o discurso sobre o perigo das histórias únicas e da criação de esteriótipos serve não somente para povos e suas culturas, mas tbem para pessoas e comunidades. para mim, foi inevitável pensar no esteriótipo perpetuado pela mídia (e encravado no imaginário popular) dos gays afeminados e lésbicas masculinizadas. como dito no vídeo, "o problema com esteriótipos não é que eles estejam errados - apenas são incompletos". esteriótipos são limitadores, fazem com que rótulos maquineístas sejam estampados em letras garrafais sobre uma diversidade infinita de pessoas e costumes. como Chimamanda Adichie fala, esteriótipos e histórias únicas enfatizam somente as diferenças, e fazem com que as similaridades, as características compartilhadas que proporcionariam a compreensão e aceitação, sejam ignoradas. todo mundo sabe que é da natureza humana temer o que lhe é estranho, diferente. e esteriótipos nada mais são do que a exaltação da diferença. é a perpetuação de esteriótipos que faz com que no mundo pós 11 de setembro, todo árabe seja considerado, até que prove o contrário, um possível terrorista. é o esteriótipo que faz com que todas as mulheres de véu sejam consideradas ou possíveis mulheres bombas, ou inevitáveis vítimas de uma sociedade patriarcal e dominadora - como se não fosse possível que, por algum motivo (quase incompreensível para mim mesma, eu confesso), elas achassem um direito seu professar sua religião e sua fé através de suas vestimentas.
latinos (com cara de latinos e não com traços de seus antepassados europeus) querendo visitar países de "primeiro mundo", com certeza serão futuros imigrantes ilegais. gays não são aptos a trabalhos braçais ou que exijam imposição da força física ou de caráter - como o serviço militar por exemplo. artistas são pessoas que não queriam trabalhar "de verdade" e resolveram passar a vida vivendo o hobby das pessoas sérias. direitos humanos são para presos e bandidos. japoneses tem a obrigação de serem viciados em tecnologia e super inteligentes. argentinos são arrogantes e mal educados. pessoas acima do peso são preguiçosas e incapazes. e por aí vai.
sem que percebamos, nosso dia-a-dia é preenchido pela perpetuação destes esteriótipos - consagrados por indústrias midáticas que nada mais são do que representações do poder vigente. os esteriótipos fazem com que direitos civis sejam cerceados ou negados, fazem com que o peculiar e diferente, se transforme em estranho e amedrontador. e pode parecer quase impossível nos vermos livres deles, mas não é. o Brasil por exemplo, aos poucos consegue quebrar sua imagem de país tropical, fornecedor de bundas, caipirinha e futebol, e se provar uma potência econômica, capaz de liderar seus irmãos em desenvolvimento. se um país gigantesco pode, pq nós também não? eu pessoalmente, acabei de decretar que esteriótipo é uma das piores e mais cruéis palavras do meu vocabulário. e vc, que tal quebrar alguns esteriótipos hoje?