quarta-feira, 10 de junho de 2009

Que livro vc seria??

Encontrei vários blogs falando sobre esse teste, e embora eu não goste muito desses testes q massificam e generalizam tudo (falou a garota q adora um horóscopo), eu não resisti e resolvi fazer.... achei as perguntas meio estranhas, e quando já achava q não ia dar em nada.... veio o resultado, e que resultado!
Romântica e neurótica. Eu???? hehehe... tudo bem, tudo bem....

Que livro é você?

Se você fosse um livro nacional, qual livro seria? Um best-seller ultrapopular ou um relato intimista? Faça o teste e descubra.


"Antologia poética", de Carlos Drummond de Andrade

"O primeiro amor passou / O segundo amor passou / O terceiro amor passou / Mas o coração continua". Estes versos tocam você, pois você também observa a vida poeticamente. E não são só os sentimentos que te inspiram. Pequenas experiências do cotidiano – aquela moça que passa correndo com o buquê de flores, o vizinho que cantarola ao buscar o jornal na porta – emocionam você. Seu olhar é doce, mas também perspicaz.
"Antologia poética" (1962), de Drummond, um dos nossos grandes poetas, também reúne essas qualidades. Seus poemas são singelos e sagazes ao mesmo tempo, provando que não é preciso ser duro para entender as sutilezas do cotidiano.


"Doidas e santas", de Martha Medeiros

Moderninha e solteira, ou radiante de véu e grinalda? Eis a questão da jovem (ou nem tão jovem) mulher profissional, cosmopolita e, apesar de tudo, muito romântica. Eis a sua questão! Confesse: quantas horas semanais você gasta conversando sobre encontros e desencontros sentimentais com as suas amigas? Aliás, conversando não. Analisando, destrinchando... Mas isso não quer dizer que você só questione a existência de príncipe encantado, não. A vida adulta hoje não está fácil para ninguém, como bem mostram as 100 crônicas de "Doidas e Santas" (2008), que retratam os sabores e dissabores da vida sentimental e prática nas grandes cidades.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Musa

Minha melhor amiga acabou de me mandar o link para uma entrevista maravilhosa, de uma figura mais maravilhosa ainda.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u575424.shtml
Já tinha ouvido falar dessa escritora, mas nunca li nada dela, o que faço questão de remediar pronto.
Na entrevista, a autora irlandesa Edna O'Brien fala sobre crescer sem acesso à literatura, sobre a Irlanda repressora que baniu seus livros, e sobre a mulher moderna, dona de si e guerreira em uma sociedade patriarcal e sexista. Verdadeiros exemplos de vida para mulheres contemporâneas, independentes e ainda assim, viciadas em suas vidas amorosas e em relacionamentos insatisfatórios e fugas mentais.

Folha Online - Seu livro "Dezembros Selvagens" conquistou fãs no Brasil, em sua maioria mulheres. O que a senhora diria a essas mulheres que tentam conciliar no seu cotidiano a falta de tempo e seu desejo de mudar o mundo, a "desesperança" que se vê nos jornais a cada manhã e suas crenças e vontades determinadas?

Edna O'Brien - Estou bastante ansiosa para ir ao Brasil e à Flip. Fico feliz em saber que tenho fãs de "Dezembros Selvagens", que acabou de ser filmado para a televisão irlandesa. Sim, o mundo, com suas guerras e escassez, e partidos e barbáries e todo o restante, é insuportável de ser observado, e isso me leva à questão de escrever e do porquê alguém deveria escrever. Seria a literatura um luxo? Sim, mas é um luxo de que não podemos abrir mão.

Acho que foi Stefan Zweig [escritor austríaco que viveu no Brasil na primeira metade do século 20] quem disse que a arte era um grande consolo para o indivíduo, mas inútil diante da história. Sim, a arte é necessária, responde a uma necessidade espiritual e intelectual das pessoas. Imagino que muitos escritores sintam-se impotentes por não conseguirem reportar todas as atrocidades que acontecem espalhadas pelo mundo, mas também acredito que reportagens esclarecidas feitas em todo o mundo ultrapassam o drama e a ficção contemporâneos. Como últimas palavras, eu diria que os seres humanos necessitam da mágica da poesia e do grande prosa ou drama.

....

Folha Online - O que levou a senhora a escrever, já que Estudou para se tornar farmacêutica?

O'Brien - Estudei para ser farmacêutica porque era o que meus pais queriam. Eu fui, de certa forma, obediente; mas meu outro lado, minha face rebelde e impositiva, não estava muito longe da superfície.

Escrever foi minha tábua de salvação que, com todas as suas provações, me permitiu manter um estado, ainda que precário, de sanidade.

"Um estado, ainda q precário, de sanidade..." É, acho q o blog vai sobreviver. Mesmo que precária, qquer sanidade é bem vinda, não é mesmo?