sábado, 30 de abril de 2011

day 03 - a song that makes you happy

Na verdade, eu tenho algumas músicas que sempre colocam um sorriso no meu rosto. Mas tem uma em especial, que nunca falha em me fazer sentir leve, feliz, quase sexy - in a very, very happy way.
;)

Como eu já havia escrito um post sobre ela láááá em 2009, resolvi copiar ele aqui, inclusive com um quadro, que não tem nada a ver com o desafio, mas que me ajuda a explicar o pq eu gosto tanto dessa música....

Sras. e Srs., Lets do it.




Eu simplesmente amo essa música, por causa dessa cena deliciosa de um dos clássicos sessão da tarde da minha infância....








Qdo ouvi a versão em português com a Elza Soares e o Chico, amei mais ainda....







Sabe qdo uma música te faz bem, faz tudo parecer mais simples? Just like love should be??

E então, dei de cara com essa imagem aí em cima, a combinação do meu quadro favorito, com uma das minhas músicas prediletas.... Engraçado que este quadro para mim (e todas as versões desse "O Beijo" do Klimt) representa o amor em sua forma mais sofrida, necessária, entregue. Enquanto a música, é o amor sacaninha, gostosinho, aquela coisa tudo de bom que coloca um sorriso na sua cara e te faz ficar de bem com a vida.

Gostei da combinação inusitada dos dois. E nessas fases de epifanias desvairadas, fico pensando se dá mesmo, para combinar tudo isso na vida real.... Será?



Let's do It (let's Fall In Love)



Birds do it, bees do it
Even educated fleas do it
Let's do it, let's fall in love

In Spain, the best upper sets do it

Lithuanians and Letts do it
Let's do it, let's fall in love

The Dutch in old Amsterdam do it
Not to mention the Fins
Folks in Siam do it - think of Siamese twins

Some Argentines, without means, do it
People say in Boston even beans do it
Let's do it, let's fall in love

Romantic sponges, they say, do it
Oysters down in oyster bay do it
Let's do it, let's fall in love

Cold Cape Cod clams, 'gainst their wish, do it
Even lazy jellyfish, do it
Let's do it, let's fall in love

Electric eels I might add do it
Though it shocks em I know
Why ask if shad do it - Waiter bring me
"shad roe"

In shallow shoals English soles do it
Goldfish in the privacy of bowls do it
Let's do it, let's fall in love







Façamos



Elza Soares

Composição: Chico Buarque
Os cidadãos no japão, fazem
Lá na china um bilhão, fazem
Façamos, vamos amar!
Os espanhóis, os lapões, fazem
Lituanos e letões, fazem
Façamos, vamos amar!
Os alemães em berlim, fazem
E também lá em bonn...
Em bombaim, fazem
Os hindus acham bom.
Nisseis, nikeis e sanseis, fazem
Lá em são francisco muitos gays fazem
Façamos, vamos amar!
Os rouxinóis e os saraus fazem
Picantes pica-paus fazem
Façamos, vamos amar!
Os jaburus no pará, fazem
Tico-ticos no fubá, fazem
Façamos, vamos amar!
Chinfrins galinhas afins fazem
E jamais dizem não...
Corujas, sim, fazem
Sábias como elas são
E os perus, todos nus, fazem
Gaviões, pavões e urubus, fazem
Façamos, vamos amar!
Dourados do solimões, fazem
Camarões e camarães, fazem
Façamos, vamos amar!
Piranhas, só por fazer, fazem
Namorados, por prazer, fazem
Façamos, vamos amar!
Peixes elétricos bem, fazem
Entre beijos e choques...
Garçons também fazem
Sem falar nos hadocs
Salmões no sal, em geral, fazem
Bacalhaus do mar em portugal, fazem
Façamos, vamos amar
Libélulas e nambus, fazem
Centopéias sem tabus, fazem
Façamos, vamos amar!
Os louva-deuses, por fé, fazem
Dizem que bichos de pé, fazem
Façamos, vamos amar!
As taturanas também fazem
Um amor incomum
Grilos, meu bem, fazem
E sem grilo nenhum.
Com seus ferrões, os zangões, fazem
Pulgas em calcinhas e calções, fazem
Façamos, vamos amar!
Tamanduás e tatus, fazem
Corajosos cangurus, fazem
Façamos vamos amar!
Coelhos só e tão só, fazem
Macaquinhos no cipó, fazem
Façamos, vamos amar
Gatinhas com seus gatões,fazem
Dando gritos de ais...
Os garanhões fazem,
Esses fazem demais
Leões ao léu, sob o céu, fazem
Ursos lambuzando-se no mel, fazem
Façamos, vamos amar!
Façamos, vamos amar!!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

day 02 - your least favorite song

Hunpf. Infelizmente, não sofri tanto para chegar a uma conclusão sobre qual música seria essa.

Na verdade, a primeira que me ocorreu foi uma que para mim, assim como a minha recém eleita música favorita, tem o poder de me transportar - só que dessa vez, para os portões do que foi o inferno da minha ainda breve (hopefully) existência.

Essa música foi na verdade a trilha sonora do que meu pequeno little trash movie particular, o qual eu gosto de chamar de 2001 - Uma Odisséia na Bahia. Recém chegada dos EUA, acabei tendo que me mudar para Porto Seguro com meus pais, e voilà, me tornei a única pessoa que foi para a Bahia e voltou estressada, com uma gastritequaseúlcera e com um imenso ódio no coraçãozinho por axé music. Então, qdo tive que pensar em uma música que eu realmente detestasse, nada mais natural do que lembrar da canção do inferno que era repetida, 24 horas por dia, em carros de som que insistiam em estacionar em frente ao hotel onde eu trabalhava como chefe de recepção, enquanto eu olhava aquele lindo mar azul do outro lado da rua, maquiada feito uma arara, usando a meia calça mais quente do mundo e trepada no salto mais desconfortável da minha vida. Super tropical e baiano. Mas quando eu achava que nada no mundo poderia ser pior do que essa Bomba (literalmente) que soava como um mantra para o meu desespero - se vc tem altas tendências masoquistas e gosta de sofrer, clique aqui - lembrei que na verdade, existia sim, uma música que ainda mais do que essa, me fazia querer furar meus tímpanos cada vez que eu, por puro acidente ou maldade do universo, a escutava.

Era uma vez, em uma cidadezinha do interior do Paraná, divisa com Santa Catarina, uma jovem adolescente que por motivos além da compreensão humana, desenvolveu uma devastadora paixão por um dos playboys da cidade - que obviamente, nunca soube que ela existia, embora tenha ficado com todas suas amigas na época (felizmente quase todas ainda permanecem suas amigas hoje em dia). Não fosse o bastante todo esse sofrimento, nossa jovem heroína ainda contava, no seu seio familiar, com pessoas amáveis e sem noção, que não se tolhiam ao tirar sarro de sua fracassada vida amorosa sempre que podiam. E sim, estou falando dessas criaturas horrorosas às quais temos que chamar de irmãos. Acontece que o tal objeto da paixão de nossa protagonista era filho de fazendeiros da região, que quem diria, plantavam batatas. E este mero fato serviu para que a piormusicadetodosostemposinfinitosdomundo fosse eleita como trilha sonora do escárnio dirigido à nossa sofredora mocinha. E sim, eu sei que preciso de terapia.

A música, uma mistura horrenda de pagode com sertanejo (e há quem diga que o que é ruim não pode piorar), dizia algo como "Apesar de colher as batatas da terra... Com essa mulher eu vou até pra guerra". E com essa única estrofe, nossa heroína sofreu por anos sem fim, muito depois de ter se mudado da pequena cidade e de ter esquecido até mesmo o nome do fulano. Mas como toda boa tortura nunca acaba, alguns anos depois, nossa heroína realizava seu grande sonho na vida - ir passar uma temporada nos EUA, acompanhada de sua irmã. Chegando lá, fascinada com tudo, ela resolve ir visitar o Museu de História Natural em New York, uma das coisas mais lindas, embasbacantes e maravilhosas do planeta (especialmente para ela que sempre foi viciada em historia e todas as coisas nerds relacionadas). Chegando no museu, e se sentindo como Neil Armstrong pisando na Lua, ela e sua irmã decidem entrar na lojinha do local (afinal elas eram brasileiras e adoravam uma lojinha). E qdo ela entra na lojinha..... Nãããããooooooooooooooooooo!!!!! Simmmmmmmmmmmmmmmmmmm!!!! Dos auto falantes escondidos nos cantos mais remotos daquelas lojinha, saía uma voz anasalada cantando "E digo o que ela significa pra mim... Ela é um morango aqui no nordeste... Tu sabes não existe sou cabra da peste... Apesar de colher as batatas da terra...".

Sério. Tenho uma testemunha viva (que por algum milagre, não morreu engasgada de tanto rir qdo escutou a maldita música). Mal sabia eu que a tal lojinha do Museu gostava de dedicar cada dia para um país, sintonizando em radios que tocassem as músicas típicas do local escolhido durante um dia..... Mas até hoje, mais de 12 anos depois, eu ainda lembro da sensação absurda de que o inferno existia, e que ele havia me perseguido até Nova Iorque. Por isso essa música tem que ganhar o troféu da mais detestada de todos os tempos. Pq além de ser péssima, de extremo mal gosto, ter uma letra absurda e uma voz irritante, ela conseguiu contaminar um dos momentos mais incríveis da minha vida. Preciso falar mais?

Sras. e Srs., com vcs, a pior música da história. (e sim, eu vou compartilhar, pq amigo que é amigo, sofre junto. e tenho dito!!! :P)


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sobre esteriotipos...



A alguns dias dei de cara com esse video simplesmente incrivel. chega a ser engraçado me deparar meio que por acidente, com uma fala que consegue resumir, em poucos minutos, tudo aquilo que eu saí da faculdade querendo dizer.... o video fala sobre a criação de esteriótipos e do perigo de termos apenas uma versão de algo - seja de fatos ou de culturas.


falei muito disso na minha monografia, desta relação entre poder e cultura, e de como o poder acaba moldando o imaginário popular - e criando versões únicas e verdadeiras de povos, nações e da própria história. não consegui evitar de sorrir qdo ela fala, no final do video, sobre nollywood, a industria de cinema nigeriana (a maior do mundo em numero de produções), pois lembrei de ver a mesma reação descrita por ela, em meu orientador, ao ler meu capitulo que falava sobre como essa industria estava revolucionando o mercado e a imagem dos nigerianos. mesmo ele, professor de antropologia, nunca havia ouvido falar dessa industria, e ficou espantando ao saber que um país africano havia sido responsável por um boom cultural dessas proporções. mesmo ele - profundo entendedor das diferenças culturais do mundo - em um primeiro instante se chocou com a quebra deste paradigma: o da miséria econômica e cultural africana.


qtas vezes, em sala de aula, nos deparamos com colegas e até mesmo professores se referindo à Africa como sendo um único país, uma massa homogênea de pobreza e falta de perspectivas? e o fato de estarmos pagando para aprendermos exatamente as diferenças entre culturas que tanto permeiam as relações internacionais só tornava tudo mais ridiculo.


mas o que eu mais gostei desse vídeo (e depois de tanto texto, talvez vcs até percam a vontade de ver o tal vídeo), foi a percepção de que o discurso sobre o perigo das histórias únicas e da criação de esteriótipos serve não somente para povos e suas culturas, mas tbem para pessoas e comunidades. para mim, foi inevitável pensar no esteriótipo perpetuado pela mídia (e encravado no imaginário popular) dos gays afeminados e lésbicas masculinizadas. como dito no vídeo, "o problema com esteriótipos não é que eles estejam errados - apenas são incompletos". esteriótipos são limitadores, fazem com que rótulos maquineístas sejam estampados em letras garrafais sobre uma diversidade infinita de pessoas e costumes. como Chimamanda Adichie fala, esteriótipos e histórias únicas enfatizam somente as diferenças, e fazem com que as similaridades, as características compartilhadas que proporcionariam a compreensão e aceitação, sejam ignoradas. todo mundo sabe que é da natureza humana temer o que lhe é estranho, diferente. e esteriótipos nada mais são do que a exaltação da diferença. é a perpetuação de esteriótipos que faz com que no mundo pós 11 de setembro, todo árabe seja considerado, até que prove o contrário, um possível terrorista. é o esteriótipo que faz com que todas as mulheres de véu sejam consideradas ou possíveis mulheres bombas, ou inevitáveis vítimas de uma sociedade patriarcal e dominadora - como se não fosse possível que, por algum motivo (quase incompreensível para mim mesma, eu confesso), elas achassem um direito seu professar sua religião e sua fé através de suas vestimentas.


latinos (com cara de latinos e não com traços de seus antepassados europeus) querendo visitar países de "primeiro mundo", com certeza serão futuros imigrantes ilegais. gays não são aptos a trabalhos braçais ou que exijam imposição da força física ou de caráter - como o serviço militar por exemplo. artistas são pessoas que não queriam trabalhar "de verdade" e resolveram passar a vida vivendo o hobby das pessoas sérias. direitos humanos são para presos e bandidos. japoneses tem a obrigação de serem viciados em tecnologia e super inteligentes. argentinos são arrogantes e mal educados. pessoas acima do peso são preguiçosas e incapazes. e por aí vai.


sem que percebamos, nosso dia-a-dia é preenchido pela perpetuação destes esteriótipos - consagrados por indústrias midáticas que nada mais são do que representações do poder vigente. os esteriótipos fazem com que direitos civis sejam cerceados ou negados, fazem com que o peculiar e diferente, se transforme em estranho e amedrontador. e pode parecer quase impossível nos vermos livres deles, mas não é. o Brasil por exemplo, aos poucos consegue quebrar sua imagem de país tropical, fornecedor de bundas, caipirinha e futebol, e se provar uma potência econômica, capaz de liderar seus irmãos em desenvolvimento. se um país gigantesco pode, pq nós também não? eu pessoalmente, acabei de decretar que esteriótipo é uma das piores e mais cruéis palavras do meu vocabulário. e vc, que tal quebrar alguns esteriótipos hoje?

30 Day Song Challenge - e a volta dos que não foram

Hoje acordei com vontade de escrever, o que não acontecia a muito tempo. Mentira. Eu sempre acordo com vontade de escrever - mas de alguma maneira essa vontade sempre me escapa entre o banho e a lista mental de todas as coisas que eu tenho que fazer assim que chegar ao trabalho....

Mas ao contrário do que acontece em todos meus pequenos dias comuns, hoje essa vontade não passou. Pelo contrário, cresceu. Cresceu tanto que virou motivo para almoçar no trabalho, criar vergonha na cara, e aproveitar os poucos momentos de tranquilidade para colocar meus dedinhos gorduchos para trabalhar. Na verdade essa vontade toda de voltar a postar aqui já vinha desde o começo do ano (como o post abaixo não me deixa negar), mas depois de toda a boa intenção que me fez escrever após quase dois anos, vieram as gravações do filme "Medo de Sangue", produzido por mim (prometo escrever sobre ele em breve), vieram outros compromissos, veio uma preguiça danada, veio.... Bom, veio tudo aquilo que meu cerebrozinho usa de desculpa para adiar metade das coisas que eu gostaria de fazer na vida.

Mas assim como no dia anterior ao meu último post, ontem eu dei de cara com um blog fantástico, que como todos os blogs fantásticos que eu encontro (como o Pensamentos de Uma Batata Transgênica, no qual sou viciada, ou o Coruja em Teto de Zinco Quente, onde eu descobri sobre o Coisas Geek de Um Hobbit Inútil), me deu um alívio infinito por saber que eu não sou o único serzinho neurótico do mundo que gosta de devaneios sobre - bom, sobre tudo e todos - e mais que isso, me deu uma vontade louca de voltar a escrever esses meus devaneios aqui, mesmo que ninguém leia (ohh mundo cruel).

(Pausa para comentário: onde esse povo encontra os nomes para esses blogs, peloamordedeus!!! Como não adorar logo de cara um blog chamado Coisas Geek de Um Hobbit Inútil???, mas enfim, voltando ao post....)

Então, uma vez que a vontade de voltar a escrever havia persistido após o café da manhã, era hora de arregaçar as mangas e botar a cachola e o blog para funcionar. Mas antes precisei vir fazer uma faxina na casa, aprender tudo sobre os novos botõezinhos do blogspot e fazer um extreme makeover recontrução total na cara do blog. Tá, não tão extreme assim, mas ficou tão mais bonitinho não é mesmo?? :)

O tema do novo post, eu já tinha: e não, não era sobre voltar a escrever, embora eu tenha conseguido escrever 4 parágrafos sobre isso. No mesmo blog fantástico que eu descobri ontem, descobri também uma brincadeirinha bem bacaninha que esta rolando pelo facebook, um desafio para vc listar 30 músicas durante 30 dias, conforme as instruções diárias encontradas aqui. Como eu simplesmente adoro essas listinhas, e um desafio de 30 dias que me fara postar diariamente pareceu perfeito para "incentivar"a disciplina que eu obviamente não possuo, achei que melhor, não poderia ficar.

Até ler qual seria a primeira musica que eu deveria postar no desafio.

day 01 - your favorite song

Hã?? Como assim??? Música favorita?? Ever and ever?? Primeiro pensamento: como diabos eu vou ser capaz de escolher uma musica favorita meudeusdoceu?? Segundo pensamento: como diabos eu passei 29 anos sem saber qual era a minha música favorita, putaquepariu???

Enfim, como eu não sou mulher de fugir de desafios (e ontem eu fiz a cag -er, quer dizer, burrada, de dizer para uma ou duas pessoas que eu iria voltar a postar, inclusive para o autor daquele tal blog legal), respirei fundo e decidi pensar. E revirar meus cds, meu mp3, meu cerebro abotoado. Pq assim, uma música favorita é.... É tudo. É como escolher a melhor memória que vc gostaria de engarrafar para poder mostrar para seus netos, como escolher qual o melhor perfume que você já sentiu na vida, o melhor beijo, a imagem que vc gostaria de levar impressa na retina na hora de morrer. O Enrique (o tal autor do tal blog), ao descrever a dificuldade em encontrar sua música favorita, falou que ela deveria ser mais do que um lembrete de um momento marcarte, de uma pessoa ou de uma situação. A música favorita deveria sobreviver a tudo e a todos e reinar absoluta sobre todas aquelas coisas horríveis e maravilhosas pelas quais todo mundo passa. Mas para mim, mais do que isso, minha música favorita teria que ter o poder de me transportar além dessas coisas todas, quase como se me protegendo do meu próprio cerebrozinho neurótico toda vez que a agitação extrema desse ameaçasse pifar a cachola. E então, não mais do que de repente, ficou claro para mim.

Existe uma música, que não importa aonde eu esteja, com quem eu esteja, ou como eu esteja me sentindo, eu fecho os olhos para escutar. É uma música que eu poderia muito bem dizer que me descreve, porém não é bem isso. É simplesmente uma música que faz com que meu peito estufe, meu cérebro simplesmente pare, e meus lábios comecem a cantarolar sem nem ao menos saber a letra toda (e sim, pasmem, se eu tivesse que cantar essa música em um karaokê, além de fazer a humanidade desejar ter nascido surda, eu não saberia cantar ela inteira). É uma música que me transporta, me alivia, me consola. Me conforta. E eu não preciso nem estar querendo gritar, como a mocinha do clipe. Precisa mais do que isso para uma música ser a sua favorita, de todos os tempos?

Sras. e Srs., com vcs, Under Pressure, do Queen.




Não é só a letra (embora ela seja genial), não é só a melhor introdução de todos os tempos, é tudo junto, misturado, aomesmotempoagora. É como se toda a neurose da minha vida - e do mundo à minha volta - fosse traduzida na voz estridente do Freddy Mercury, e ao invés de me deixar mais angustiada, tivesse o poder de me deixar calma, confortada. Compreendida. Incrível, não é mesmo??


"That's Ok
It's the terror of knowing
What the world is about
Watching some good friends
Screaming 'Let me out'
Pray tomorrow gets me higher...
Turned away from it all like a blind man
Sat on a fence but it don't work
Keep coming up with love
but it's so slashed and torn

Why - why - why ?
Love love love love love

Insanity laughs under pressure we're cracking
Can't we give ourselves one more chance
Why can't we give love that one more chance?
Why can't we give love...?"