quinta-feira, 9 de junho de 2011

Amor é...

Brincadeira divertida do Pensar Elouquece, usada para propaganda, mas ainda assim legal. Fui conversar com meu amigo google, e vi que ele soube definir as coisas muito melhor do que eu ultimanente, hehehe.....
Na verdade, a frase acima, reza a lenda, é de ninguém menos que o bardo, William Shakespeare. E vamos confessar q ele sabia das emoções humanas como ninguém, certo??

A definição de romance então.... Super propícia para o dia dos namorados. Por isso q eu vou é comemorar com um jantar regado a muito vinho, com um bando de amigas solteiras de cia.!!!! ;)

Raízes

Nossas raízes são algo complicado. Ao contrário das árvores, que nascem e morrem sabendo do local ao qual pertencem, nós, humanos (até que nos digam o contrário), temos este desapego alimentado por nossos pézinhos móveis, essa quase compulsão de vagar sem rumo e de querer sempre descobrir até onde nossas pernas aguentam nos levar.

Algumas pessoas porém, por medo ou tradição, mantêm suas raízes fincadas, muitas vezes em uma corda elástica que se estica por longas distâncias, muitas vezes em raízes sólidas que não permitem muitos movimentos impensados. Talvez por medo de perder sua identidade – que nada mais é do que a identidade construída por antepassados a muito esquecidos – ou ainda por apreciarem a sensação de conforto e de pertencimento que um grupo étnico e cultural proporciona, muitos abraçam suas origens de maneira a não as perderem de vista, onde quer que seus pézinhos afoitos os levem. E não existe exemplo melhor disso do que os gaúchos.

Se ao redor de nosso país e do mundo vemos pessoas se identificarem através de suas heranças imigratórias, brandarem a altos brados que são italianos, alemães, poloneses (mesmo sendo a 3ª ou 4ª geração nascida em solo diferente), os gaúchos evocam sua origem regional, suas tradições criadas ali mesmo, naquela terra onde suas raízes permanecem indiscutivelmente enterradas. Por mais que tenham suas origens na Espanha, Itália, Alemanha, os gaúchos são antes de mais nada, gaúchos. Carregam consigo as lembranças da sua terra, o bairrismo exacerbado, esse orgulho tão mal interpretado como separatista, da mesma maneira viciada com a qual enchem suas intermináveis cuias de chimarrão. Todo gaúcho é tradicionalista em algum nível. Por mais que não vista suas bombachas e saia trotando em bailões por CTGs a fora, nunca conheci um gaúcho – morador ou não do RS – que não sinta os olhos marejados ao ouvir algum fandango ou milonga que cante o pampa e faça lembrar das paragens do Rio Grande amado.

Por isso mesmo, eu sempre adorei ser paranaense. Nascida e criada em uma família de gaúchos “expatriados”, sempre tive uma relação de amor e ódio com o Rio Grande do Sul. Se Porto Alegre era o destino das minhas tão aguardadas aventuras (também conhecidas como férias escolares) na infância, era também o local daquelas tradições esquisitas, daquela música chata, daquele povo que mais falava do passado do que do presente. Eu, que sempre caí de desamores pelo campo, me sentia praticamente em uma excursão alienígena toda vez que visitava meu falecido avô em seu sítio no interior de Passo Fundo. Mais do que isso, não entendia o orgulho estampado na cara daquela gente simples, a alegria descabida dos porto alegrenses em cantar coisas sem sentido em rodas ao redor de um fogo de chão, não apreciava o sabor do mate amargo que aos meus olhos, carregava a baba de todas aquelas pessoas que eu não compreendia.

Mais tarde, o Rio Grande do Sul e seus gaúchos se tornaram para mim, sinônimo de falastrões matutos e de uma empáfia que me incomodava a alma. Fosse para negar a grandiloqüência do meu pai, fosse por medo de ficar aprisionada em uma tradição que eu não identificava como minha, sempre tive verdadeira ojeriza da figura tradicionalista do gaúcho, e de tudo que ele representava. Parte disse sentimento era cultivado por minha própria mãe que, gaúcha de nascença, havia deixado para trás o Rio Grande do Sul com a mesma felicidade com a qual deixou para trás uma infância não tão feliz. A outra parte disso tudo, hoje eu percebo, vinha de uma precoce “urticaria” emocional, alimentada por incontáveis mudanças, que me faziam temer o desconhecido, que neste caso, era a permanência, a tradição, as tais origens. Pertencer a algum lugar, era estar aprisionada lá. Era ter definido meus gostos, comportamento, ter castradas minhas possibilidades. Ao contrário deste povo estranho que cultivava por gerações essas raízes incompreensíveis, eu queria meus pés livres, minha mente em tela branca, queria fugir do que era predestinado e encontrar uma identidade que de certa forma negasse tudo isso que eu considerava parte de um universo datado, machista, restrito.

Com um certo espanto e incredulidade, eu observei meu irmão fazer o exato caminho oposto. Paranaense de nascença, talvez para honrar o pai ou simplesmente por gosto, ele sempre se identificou com essa tal identidade gaúcha e depois de adulto, ao ir morar em Porto Alegre, assumiu definitivamente a postura, sotaque e tradições de lá. Colorado doente, viciado em chimarrão, vários “bah” e “tris” ao dia, hoje ele se considera um expatriado saudoso do seu Rio Grande querido. Ninguém nem suspeitaria que ele nasceu em Clevelândia, tamanha a gauchez q carrega consigo.

Eu, ao contrário, permaneci por muitos anos com esta verdadeira fobia gaudéria. E como tudo que é ruim pode piorar, depois de uma temporada na Bahia, por pura necessidade, acabei indo morar em Porto Alegre, por meros seis meses, que serviram para piorar todos os sentimentos já cultivados. Se aquilo já não me agradava antes, as experiências familiares e pessoais que eu tive neste curto intervalo de tempo fizeram com que eu negasse o pouco que me restava desta tradição, e não voltasse a entrar em solo gaúcho por mais de 7 anos. 7 longos anos.

Mas como a vida é cíclica e o universo é bizarro, no final de semana passado me peguei entrando em um avião apertado rumo à Porto Alegre para, pasmem, assistir um show de um cantor que embora não seja necessariamente tradicionalista, é ferrenho defensor do pampa amado, trovador 'mui apto' das querências e de todos aqueles elementos que sempre me soaram quase depravados. Eu poderia me esconder atrás da desculpa de que aquilo era trabalho, que aquilo tudo fazia parte de um projeto, mas durante a terceira ou quarta milonga do show, onde Vitor Ramil cantava sobre a felicidade de termos o chimarrão, eu subitamente me dei conta de onde estava, e pior, de que estava genuinamente gostando. Não só do show, mas da viagem, da cidade, da família, do reencontro com algo que eu nem sabia que havia perdido. Talvez por, durante o ano passado, já ter feito às pazes com a tal urticaria emocional, já ter compreendido, depois de muita análise – da auto e da paga – que essa necessidade de liberdade era na verdade fuga, talvez por tudo isso, eu tenha podido abraçar todos esses sentimentos conflituosos e me permitir relaxar e curtir aquele momento.

Se a meses eu já me via envolvida com a tal “Estética do Frio”, com esta identidade compartilhada entre gaúchos, uruguaios e argentinos, eu disfarçava dizendo para mim mesma que o que realmente me interessava nisso tudo, eram os hermanos, a música latina da qual eu sempre fui tão fã. Mesmo depois de perceber, ler e estudar que tudo na verdade, vinha do mesmo lugar e tinha a mesma origem – e de novo, tudo volta às origens – eu ainda não havia me permitido apreciar a parte gaúcha disso tudo. E então, naquele momento, no meio de um shows mais bonitos que eu já presenciei, em meio a tios, vó, primas, em meio ao Rio Grande do Sul que eu por tanto tempo neguei, eu me senti, pela primeira vez na vida, como parte daquilo tudo. Como se algum gene adormecido tivesse finalmente acordado e se sentido subitamente, em casa.


*Esse texto foi escrito a um ano atrás, qdo em maio de 2010, eu fui à Porto Alegre assistir o show do Vitor Ramil para que, junto com Luciano Coelho, pudéssemos fazer um primeiro contato com ele a respeito do projeto "A Linha Fria do Horizonte". De lá para cá, muita coisa aconteceu, e a melhor delas, é que conseguimos financiamento para começar a tirar o projeto do papel. Semana passada, voltamos a Porto Alegre para assistir - e dessa fez gravar uma entrevista - Daniel Drexler, um uruguaio que é figura essencial nessa coisa toda da Estética do Frio/Templadismo/Subtropicalismo. Novamente, ao chegar na cidade, fui tomada de assalto por algo inédito: pela primeira vez em minha vida, achei a cidade bonita. A vi com outros olhos, olhos de quem sabe onde está, de quem reconhece as ruas e as pessoas, mas de quem tbem não tem nada contra aquele lugar, aquele espaço. Foi libertador. E bom, muito bom.
;)

terça-feira, 17 de maio de 2011

day 11 - a song from your favorite band

Tá, confesso. Esses 30 dias do desafio vão durar uns 60. Mas, como eu acho que só o Enrique vem me ler mesmo (e só por medo que eu pare de fornecer sua dose semanal de música latina), tônemaí!

A verdade é que ando mais ocupada do que o normal (e olha que meu normal já é bizarro), com mil e um projetos paralelos, o trabalho de sempre, e filme que começa a ser gravado no domingo (com direito a gravações no meio da Feirinha do Largo da Ordem, que para quem não conhece, é a maior muvuca de turistas em céu aberto de curitiba, em pleno domingo). E para deixar tudo pior, tenho tido que acordar cedo, muiiiito cedo, quase todos os dias, e só Deus sabe o qto acordar cedo contribui para deixar meu humor bemmmmmm legal o resto do dia. E no meio disso tudo, tive que ir fazer meu passaporte, e pq o sistema resolveu tirar férias, tive que ficar duas horas e meia esperando em uma cadeira dura, enquanto todo meu trabalho e minha vida esperavam no escritório. Blergh.

Mas enfim, tudo isso para dizer que eu ando sem tempo e sem vontade de vir escrever sobre minhas músicas favoritas e menos favoritas.... Mas como compromisso é compromisso, cá estou eu congelando meus dedinhos nos 5ºC curitibanos, para escrever sobre uma música que seja da minha banda favorita.... Hunpf. Como assim??? Mas tudo bem, tudo bem.... Eu poderia passar horas me debatendo para contar os sacrifícios e sacrilégios de ter que escolher um favorito no meu hall da fama particular.... Poderia contar que na verdade, a primeira opção que me ocorreu foi uma música do Mumford And Sons, mas daí eu me toquei que uma banda com um único cd não pode ainda ser considerada a minha favorita. Paixão X amor verdadeiro, não é mesmo??

Mas como eu já gastei linhas e linhas falando das desgraças do meu dia-a-dia, vou apenas dizer que, qdo se trata de amor verdadeiro.... Daí, na verdade, é fácil, muito fácil, saber de quem se trata.... Amor verdadeiro é para sempre, sobrevive a tudo, até a albuns que à primeira escutada parecem ter sido gravados com a banda do Roberto Carlos. Amor verdadeiro sobrevive inclusive, ao fato de que a maioria de suas músicas te lembram alguém em quem vc não quer pensar mais - mas qdo é amor verdadeiro, o homem passa, mas as músicas ficam.

Estou falando, claro, de Jorge Drexler. Não sei muito ao certo qdo eu comecei a gostar dele, mas lembro que em algum momento de 2007, com a cumplicidade da minha querida Ana Zoinho, eu decidi baixar todas as músicas dele que conseguisse encontrar, e como na época usava Limewire, fui baixando músicas aleatórias que me permitiram conhecer um pouco de todo o repertório dele, e à partir de então... Amor verdadeiro. Simples assim. Esse amor verdadeiro foi crescendo, crescendo, até culminar em uma bela noite de outono no ano passado, onde eu viajei até Florianopolis para assistir ao show dele (turnê daquele album com cara de Roberto Carlos, que nessa altura, já tinha virado vício, e ao vivo, virou paixão). E pq o universo é bonzinho com quem se compromete a fazer o que gosta da vida, eu conheci as pessoas certas que me alimentaram em meu vício, e que mais que isso, decidiram fazer um projeto sobre ele e seus colegas "platinos", e me convidaram para fazer parte (mas isso é história para outro post). Então, não só eu estava lá, vendo meu cantor favorito pela primeira vez, como fui até seu camarim, conversei com ele a respeito do projeto, e ainda ganhei beijinho e tudo. Aiai (eu sei que eu uso muitos aiais na vida, mas acreditem, esse momento foi um dos Aiais merecidos. E põe merecido nisso).

É claro que, de todas as músicas dele, deveria ser difícil escolher apenas uma.... Mas.... Não, não foi. Sabe qdo uma música simplesmente te pega de jeito, te deixa de quatro e te faz suspirar?? Pois é. A letra é linda, a introdução é linda... É tudo lindo. Na verdade eu me apaixonei por essa música na versão ao vivo dela, do album Cara B. E coloquei ela de toque do meu despertador, e ainda hoje, escuto ela toda vez que quero me acalmar.... A letra fala daquelas coisas (tá, fala de amor) que qdo surgem, surgem com o pior timming do mundo, mas mesmo assim, são as coisas mais certas que o universo poderia colocar no seu caminho.

Então, Sras. e Srs., com vcs, Inoportuna, de Jorge Drexler.




Inoportuna

Quien no lo sepa ya
lo aprenderá de prisa:
la vida no para,
no espera, no avisa.
Tantos planes, tantos planes
vueltos espuma
tu, por ejemplo,
tan a tiempo
y tan
inoportuna

Eran más bien los días
de arriar las velas.
Toda señal a mi alrededor
decía: cautela.
Cuánta estrategia incumplida
aquella noche sin luna
tu, por ejemplo,
tan bienvenida
y tan
inoportuna

[b]¿Quien sabe cuándo,
cuándo es el momento de decir: ahora?
Si todo alrededor te está gritando:
¡Sin demora, sin demora!
[/b]

domingo, 15 de maio de 2011

The 30 Most Satisfying Simple Pleasures Life Has to Offer

Pq ontem eu fiz muito a 21, e fiquei tão feliz! E hj queria ter feito a 1, mas não rolou - e amanhã tenho que, de qquer maneira, dar um jeito de cumprir a 30, para ver se a 18 realmente se realiza.... então....

E se no meio do caminho eu acabar fazendo um pouco da 29, posso cuntinuar sonhando com a 27.....


The 30 Most Satisfying Simple Pleasures Life Has to Offer

1. Sleeping In on a Rainy Day – As the rain beats lightly against the window, you nestle your head deeper into your pillow. The sound is soothing and your bed feels like a sanctuary. There is no place you would rather be.

2.Finding Money You Didn’t Know You Had – You reach into your pocket and find a $20 bill from the last time you wore these jeans. You aren’t rich, but you are richer than you were a second earlier.

3.Making Brief Eye Contact with Someone of the Opposite Sex – You pass her on the street or in the subway. She glances up at you momentarily, making direct eye contact in a way that seems to communicate a subtle curiosity. For a split second it makes you think… and then it’s gone.

4.Skinny Dipping – There is something mysteriously liberating about being naked in a body of water. You are naked, but it feels natural, a sense of unrefined freedom.

5.Receiving a Real Letter or Package via Snail Mail – E-mail has become the primary source of written communication. Most snail mail these days is junk mail. When you check the mail and find a real letter or package from someone you know, excitement overtakes you as you tear into this rare gift.

6.Making the Yellow Light - It’s one of the most common simple pleasures, the act of beating the pack. As you blaze through the yellow light you glance in your rearview to see all the cars behind you stopping at the red light. Yes! You made it!

7.Telling a Funny or Interesting, True Story - One of the most enticing roles you lead in life is that of the storyteller. You love to share stories, especially those that will captivate your audience with deep curiosity and humor. There are few things more satisfying than telling a true story that others enjoy listening to.

8.Seeing a Friend Stumble Over Himself – As you walk across the street with your friend, he fails to accurately address the curb on the other side. He trips and stumbles around momentarily before regaining his footing, then swiftly attempts to play it off like nothing happened. This can be a hilarious sight if the moment is right.

9. Hearing the Right Song at the Right Moment - It doesn’t matter what the setting is, hearing the right song for that moment is one of those simple pleasures in life that instantly lifts your spirits. You could be driving home from work, hanging out at a bar with friends, or jogging. When the right song rattles your ear drums the entire meaning of life seems crystal clear.

10. The First Sip of a Beverage When You’re Thirsty – You just finished mowing the lawn or taking a long jog. The only thing on your mind is an ice-cold glass of water. When you are really, really thirsty, that first sip of any liquid beverage is sheer bliss.

11.Catching a Glimpse of Bare Skin on the Opposite Sex – For guys, it’s when the waitress bends over a little too far. For girls it’s seeing that buff guy in a Speedo. Either way, when you see a bit more skin than you were expecting on the opposite sex, you can’t help but to smirk on the inside.

12.Saying the Same Thing Simultaneously – There is a moment of silence. Then all of the sudden you and your friend blurt out the same exact set of words simultaneously. This rare occurrence is something to smile about.

13.The Pull-Through Parking Spot – You pull into a parking spot and are delighted to see the availability of the parking spot immediately in front of you. You pull through to the spot in front so that when you return to the car you can drive forward out of the parking spot. Why? Because driving backwards is a pain in the butt.

14.Realizing You Have More Time to Sleep – Something abruptly awakens you and you think it’s time to get up. Then you squint over at your alarm clock and realize you still have 2 more hours to sleep. A warm euphoric feeling shoots though your body as you glide gracefully back to your dreams.

15.People Watching – Sitting there on your bench you can see people in every direction. Tall people, small people, thin and plump. Blond, brunette, and redhead alike. Each of them has a different stride and a unique expression. As you drift from body to body you are mesmerized by what you see.

16.Putting On Clothes Straight from the Dryer – As soon as the dryer buzzes, you pull out your clothes and put them on. They feel soothingly warm on your skin and emit a fresh-scented aroma into the air. A sentiment of ease comes over you as you head out to conquer the day.

17.A Familiar Smell – You just pulled into your parent’s driveway and opened the car door. You haven’t been home in a long while. You smell familiarity in the air, the scent of a large pine tree in the neighbor’s yard. As you head through the front door, more familiar smells consume your senses. Gosh, it feels good to be home…

18.The Feeling You Get When Your Idea Works – You have been struggling to resolve a complex problem all day and you just can’t seem to get it right. Filled with frustration, you decide to exercise one last idea before calling it a night. You’ve had many ideas before that failed miserably… but this time it works.

19.Fresh, Clean Bed Sheets – You yank at the corner of the bedspread to create just enough space to slide your body under the freshly cleaned sheets. The sheets feel cool to the touch. Everything seems so clean, like nobody has ever slept in this bed before.

20.A Beautiful View – As the car veers around the side of the mountain you gaze out the passenger window. It’s a clear, sunny day and you can see the entire valley below filled with wild flowers and bright green vegetation. The scenery reminds you of something you once saw in National Geographic. But here it is live, right before your eyes.

21.Reminiscing About Old Times with Your Closest Friends – Pink Floyd once said “the memories of a man in his old age are the deeds of a man in his prime”. There is no simple pleasure more satisfying than recounting the greatest moments of your life with your closest friends who lived these moments alongside you.

22.Receiving an Unexpected Compliment – It’s been an average day. Nothing really great has happened, but nothing terrible occurred either. This monotonous day has put you in a dreary mood. Unexpectedly, an older, attractive lady taps you on the shoulder, calls you “handsome” and says she loves your shirt. The day just got a whole lot better.

23.Having a Good Laugh – Laughter is the greatest cure of all. Life is extraordinary in the moments when you are laughing so hard you can barely breathe. These moments of deep laughter are divine in the sense that they cleanse your mood and set your mind on a positive track.

24.The Feeling After a Healthy Workout - It’s a giddy feeling of self accomplishment; the one true activity that actually makes you feel better and look better simultaneously. When you walk out the front door of the gym you are on top of the world.

25.The Celebration in the Instant Something Makes Sense – Even now that it has explained to you for the third time, you just don’t understand how it works. Everyone else seems to understand but you. Then out of the blue the dots connect in your mind. You finally get it, and it feels great!

26. Relaxing Outdoors on a Sunny Day – As you relax sprawled out in a lawn chair, the sun warms your skin and a light breeze keeps the temperature comfortable. Birds are chirping merrily in the trees behind you. You are at complete peace with the environment.

27.Holding Hands with Someone You Love – Every time she grabs your hand you are overcome with an awareness of how much she means to you. Holding hands is sensual and physically intimate, yet subtle. There are few people you allow to hold your hand, so when it happens you can be sure that the moment is special.

28.Playing in the Water – Water marvels people of all ages. From jumping in puddles as a child, to doing cannon balls in the pool as an adolescent, to enjoying a cocktail in the Jacuzzi as an adult… water is enjoyable.

29.Making Someone Smile – You notice that your colleague has been under a great deal of stress with meeting a deadline, so you take it upon yourself to complete one of her indirect responsibilities for her. As soon as she realizes what you did, she comes into your office with a big smile on her face. “Thank you”, she says. You just hit two birds with one stone, because making her smile just made your day.

30.Finishing What You Started – You just finished up a big project you’ve been working on for the last few months, or maybe you just finished your first marathon… Either way, you finalized what you set out to accomplish. The feeling of self accomplishment you get when you finish what you started is by far one of the most rewarding simple pleasures life has to offer.

Jonathan Carrol

quinta-feira, 12 de maio de 2011

day 10 - a song that makes you fall asleep

Esse é um assunto delicado. Simplesmente pq sono, para mim, é um assunto delicado. Tão, mas tãoooo delicado, que ele sai correndo de mim toda vez que eu tento me aproximar dele sem as devidas precauções.

Eu sofro de insônia desde que eu me entendo por gente. Tenho recordações nítidas de passar madrugadas preocupada com a vida quando eu tinha 5 ou 6 anos. Depois, um pouco mais velha, a insônia tomou forma e ficou mais íntima - e deixou de precisar de convite ou motivo para se instalar.

Obs: o mais engraçado é que eu adoro dormir. Eu sou uma pessoa que, qdo tenho sono, durmo 10, 12 horas seguidas fácil, fácil.... Mas qdo a maldita vem visitar... E não importa se eu esteja preocupada ou feliz da vida, se eu tenha tomado um litro de café ou um litro de chá de erva cidreira, se ela resolve me visitar, não tenho como fugir dela. Claro que o stress ajuda, e ficar repassando mentalmente todos os sapos que vc engoliu durante o dia, ou a lista infinita de coisas que vc tem que fazer pela manhã não ajudam, mas acreditem - se eu deitar com sono, não existe nada no mundo que me impeça de dormir... Mas eu preciso deitar exausta, cansada, para que minha cabecinha neurótica caia no travesseiro e desligue na hora. Se eu deitar "meia boca" e precisar me virar algumas vezes na cama procurando o sono perdido.... Daí ferrou. Mas enfim, como ando trabalhando horrores, não posso me queixar - tenho deitado exausta na maioria dos meus dias, e minha rotina de ficar acordada até tarde tbem colabora para que qdo eu finalmente me deite, vá direto para os braços de Morpheu (ui, me imaginei indo para os braços do Morpheu do Matrix, socorro).

Mas enfim.... Durante todos os meus anos de luta contra a insônia, obviamente que tentei mais de um método para dormir. Antes de finalmente sucumbir aos meus amiguinhos tarja preta que me acompanharam por um breve período, eu tentei de tudo - todas a técnicas de respiração de yoga que eu havia aprendido, todo o reiki que eu sabia, meditação, tudo. Apelei inclusive para um cdzinho de meditação guiada, que ia relaxando, relaxando.... E as vezes, até funcionava!! E nesse cd, em uma das meditações, tocava sempre uma música em específico, que se não me fazia dormir, sempre me deixava relaxada. Me deixa até hoje, aliás. Tá, eu poderia dizer que qquer música clássica me faria dormir, mas essa em especial alcançou algum gatilho do meu inconsciente, e achou a fórmula para me fazer relaxar e ir, ir, ir, ir lááááá longe.....

Então, Sras. e Srs., com vcs, Primavera, das Quatro Estações* de Vivaldi.






* Le quattro stagioni, conhecidos em português como As Quatro Estações, são quatro concertos para violino e orquestra do compositor italiano Antonio Vivaldi, compostos em 1723 e parte de uma série de doze publicados em Amsterdã em 1725, intitulada Il cimento dell'armonia e dell'inventione. Ao contrário da maioria dos concertos de Vivaldi, estes quatro têm um programa claro: vinham acompanhados por um soneto ilustrativo impresso na parte do primeiro violino, cada um sobre o tema da respectiva estação. Não se sabe a origem ou autoria desses poemas, mas especula-se que o próprio Vivaldi os tenha escrito. As Quatro Estações é a obra mais conhecida do compositor, e está entre as peças mais populares da música barroca.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

day 09 - a song that you can dance to

Hummmm.... Eu podia falar de todas as músicas no melhor estilo I'll Survive, mas honestamente, depois de 5 Paradas Gay (e indo para a sexta), essas músicas meio que perderam o efeito sobre meu lado Drag. Então, para variar, pensei, pensei e pasmem - escutei!!! Escutei por acidente uma música vindo de alguma propaganda na tv, e sem nem perceber, vi que meus pezinhos estavam saltitantes e meu quadril balançava em cima da cadeira. E embora, com o devido estímulo alcoolico, eu me atire na pista de dança mediante vááárias outras músicas, vamos concordar que uma canção que te faz saltitar na cadeira sem querer, merece crédito não é mesmo???

Eventualmente eu me toquei não sabia nada a respeito dessa música, nem mesmo por quem ela havia sido lançada - por algum motivo, toda vez que eu penso nela, me vem a cabeça alguma banda de casamento ou formatura com uma loira peituda cantando, massss..... Nada que meu amigo google não resolva!!!

Descobri que a música foi escrita por Percy Mayfield, compositor desconhecido, mas que escreveu outras pérolas do R&B como Please, send me somebody to love, e lançada por ninguém menos que Ray Charles em 1961, sendo numero um durante duas semanas na Billboard Hot 100, e sendo eleita pela Rolling Stones uma das 500 maiores canções de todos os tempos.

Então, Sras. e Srs., com vcs, Hit The Road Jack...







terça-feira, 10 de maio de 2011

Searching for madness.....

O Enrique sugeriu, eu fui.


"A friend asked yesterday if this blog is addressed to anyone in particular? I said yes– it’s a love letter to someone I haven’t met yet."

Jonathan Carrol


"The greatest courage in life is to lose yourself — and that’s the primary requirement of love. Unless you lose yourself you cannot be in love. You can play the game called love, but you will never know the reality of love. You will be doing something else in the name of love. Deep down it will only be an ego trip — and love can never be an ego trip. Ego has to be dissolved, only then does love flow in you. And that is real courage. In a deep sense it is committing suicide — not of the body but of the mind. It is becoming mindless. Hence love looks to people like something mad, insane. In a way it is true, it is mad. Going beyond the mind is a certain kind of madness. Of course it is divine madness and it brings a sanity of its own kind. It beings an insight, an understanding, but is is totally different from intellectual understanding. It is not of the mind, it is of the beyond."
—Osho

“Cherish your solitude. Take trains by yourself to places you have never been. Sleep alone under the stars. Learn how to drive a stick shift. Go so far away that you stop being afraid of not coming back. Say no whenever you don’t want to do something. Say yes if your instincts are strong, even if everyone around you disagrees. Decide whether you want to be liked or admired. Decide if fitting in is more important than finding out what you’re doing here. Believe in kissing.”

Eve Ensler

segunda-feira, 9 de maio de 2011

day 08 - a song that you know all the words to

Minha mãe diz que eu não tive infância. Ora, eu mesma sempre brinco que eu não tive infância. E isso não é bem verdade, eu tive infãncia..... Só foi uma infância, digamos, unusual. Eu cresci mudando de cidade para cidade, incrivelmente ligada à minha família - pai, mãe, um irmão dez anos mais velho, e uma irmã com seis anos a mais. Tudo que eu queria ser na vida era ser inteligente como meu irmão e linda como a minha irmã. E tudo que eu queria fazer na vida, era afundar meu nariz em livros e mais livros e deixar de lado aquelas bonecas chatas nas quais eu nunca achei muita graça (sério gente, elas não falavam. não discutiam meus livros comigo, não contavam piadas, não gostavam do menudo. como eu ia gostar delas????).

Então, dentro dessa vida de mudanças e no meio de uma família para lá de amorosa e auto-suficiente, cresci querendo falar igual gente grande, me portando igual gente grande e claro, exatamente por tudo isso, sendo uma criança extremamente chata. Mas tudo bem, nada que terapia para o resto da vida não resolva! ;)

Mas além de ser chata e metida a adulta, eu cresci, inevitavelmente, sob grande infuência dos gostos dos meus irmãos, que óbvio, estavam a anos luz do gosto de uma criança "normal". Da minha irmã, copiei a vontade de ser artista, e acabei fazendo 3 cursos de manequim e modelo, com direito a aulas de etiqueta e tudo o mais. Herdei também o gosto pelos Menudos, que me fez obrigar minha mãe a me levar no show deles e me fazia passar batom vermelho nos lábios e subir na cama para beijar o pôster deles que havia sobre a minha cabeceira - tudo isso com 3 anos de idade. E se vc está se perguntando, sim, meu favorito era o Ricky Martin, e ali minha mãe já deveria saber que eu acabaria a vida como defensora da causa LGBT.

Do meu irmão, eu herdei o gosto musical por rock nacional dos anos 80 e o gosto bizarro por quadrinhos e livros estranhos. Era do meu irmão o primeiro livro da Agatha Christie que eu li (e que virou uma coleção com todos os livros publicados dela em português, qdo eu tinha apenas 12 anos) e foi ele que me deu de presente duas paixões: meu primeiro livro do Conan Doyle, Um Estudo em Vermelho, que me deixou viciada no meu querido Sherlock, e - como presente no meu aniversário de 9 anos - uma edição linda e maravilhosa de Os Três Mosqueteiros (provavelmente meu livro favorito até hoje). Como eu era uma criança chata, nunca suportei quadrinhos como Turma da Mônica e afins, mas roubava (escondida da minha mãe, claro), os Conans e Mads do meu irmão. Sério, (não riam!!), Conan - O Bárbaro era meu gibi favorito qdo eu era criança. E meu humor foi totalmente moldado pela Mad, o que fala muito sobre a adulta perturbada q sou..... mas enfim.

Voltando ao foco desse post, e ao motivo de eu estar aqui fazendo terapia online de madrugada, nem só de Menudo e Dominó vivia aquela pequena criança. Lembro da primeira vez, acho que por volta dos 6 anos de idade, em que eu vi o vinil do Cabeça Dinossauro do Titãs, com aquela capa absurdamente foda. Foi como se o Mar Vermelho se abrisse à minha frente e eu visse Deus. Cresci cantando Flores e horrorizando minha mãe toda vez que cantava Bichos Escrotos. O Pulso então, era a minha favorita!!!! Fora Titãs, era impossível não escutar muito Legião, Paralamas, Ultraje, Camisa de Vênus, enfim, tudo que passasse pelas fitas cassetes e vinis do meu irmão e de seus amigos. Foi nessa fase tbem que conheci Queen, o que foi outra revolução na minha vida.... Mas de todas essas músicas, durante toda minha infãncia e pré-adolescência, sempre existiu uma que me fascinava. E era Faroeste Caboclo. Era como um mito, algo além da minha compreensão, uma música que eu não sabia se deveria escutar ou ler, adorar ou me sentir péssima pela história daquele homem que passa por tudo aquilo, e acaba morto em um duelo em Brasília - sem falar que qdo eu descobri o que era o "comia todas as menininhas da cidade, de tanto brincar de médico aos doze era professor".... oh gloria! Acho que sempre encarei essa música como uma Ilíada pop, cada frase contava uma história, merecia ser analisada e demorava anos para ser realmente compreendida.....

O legal é que todas essas músicas que povoaram minha infância, possuem letras fantásticas e difíceis de cantar. Mas Faroeste Caboclo era um novo limiar, algo além. E provavelmente por isso mesmo, um belo de um desafio. Lembro de algumas vezes, ficar tentando cantar ela junto com o disco, só para enrrolar a língua e me perder completamente no meio do caminho.... Até um certo dia.

Um certo dia, onde eu, já com meus 15 anos, logo após a morte do Renato Russo, estava sentada com algumas amigas nos degraus do prédio de uma delas, e um outro amigo chegou, trazendo seu primo de fora, que estava passando uns dias na cidade. Seu primo inteligente, mais velho, com olhos verdes lindos d-e-m-o-r-r-e-r. E eu, grande conhecedora das coisas do mundo (contadas pelas minhas pilhas de livros, claro), comecei a conversar com ele, e presumo, a babar diante de tanto charme (convenhamos que não precisa muito para impressionar uma menina de 15 anos não é mesmo??). Em algum momento da noite, começamos a falar da morte do Renato Russo, de suas músicas.... E começamos a cantar. Cantamos Eduardo e Mônica, Pais e Filhos.... E então cantamos Faroeste Caboclo. Quer dizer, eu tentei... E ele me ensinou. Estrofe por estrofe, palavra por palavra. E eu aprendi. Assim como aprendi, algumas horas depois, que garotos mais velhos de olhos verdes lindos, mesmo qdo ensinam músicas incríveis para adolescentes gordinhas e metidas a inteligente, não querem necessariamente beijá-las. E confesso que tanto a letra qto a lição ficaram comigo daquela noite.

Então, apesar de saber outras mil e uma letras, apesar de na verdade, ter que gostar da letra antes mesmo de gostar de qquer música nova que escuto, é da letra de Faroeste Caboclo que eu sempre me lembro. De João e de Maria Lúcia, e do menino lindo de olhos verdes que me ensinou a história deles, mas de quem eu nem lembro mais o nome. E das inevitáveis verdades da vida que aprendemos ao longo do caminho.

domingo, 8 de maio de 2011

Tom Jobim & Dorival Caymmi

O universo anda meio bizarro - penso em musicas ou musicos e outros serzinhos neuroticos pensam junto, sinto saudades de alguma coisa, e encontro a trilha sonora perfeita no blog de alguem!!! Medo!!! =0

Entao, direto do excelente Pistola D'agua, com as sempre excelentes dicas do Andre!!!


Tom Jobim & Dorival Caymmi - Caymmi visita Tom


''Um clássico dos clássicos. Dois dos maiores do Brasil, com gosto de Rio, de chopp, camarão, praia e vida livre. Sabor de montanha, urubu e violão.
Disco de 1964 repleto de bons nomes da música acompanhando os dois mestres. Sonzera de primeira!''

Baixe ao clicar aqui.

day 07 - a song that reminds you of a certain event

Então. Finalmente, essa é fácil!!!!! Fácil pq existe um evento que foi marcante na minha vida, e nele existiu uma música escolhida a dedo que para o resto dos meus dias, vai me lembrar daquele momento. (ufa! tava na hora de uma música vir facil peloamordedeus!!!)

Eu poderia escrever linhas e mais linhas sobre como foi entrar na faculdade, sobre como diabos eu fui parar no curso de Relações Internacionais, sobre todas as pessoas maravilhosas que eu conheci no caminho. Mas é para falar de um evento, e provavelmente ainda esta para nascer um dia tão emocionante como o da minha formatura.

Primeiro, nos formamos em apenas 8 alunos, e mais dois colegas de uma outra turma. Nós eramos uma turma unida, briguenta e que dava uma dor de cabeça danada para a coordenação do curso e para todos os professores que se irritavam com a nossa mania de perguntar, questionar e exigir mais, sempre mais. Mas alguns outros professores adoravam o fato de que nos importávamos o bastante com o curso e com o que aprendíamos para estudar, questionar e ser uma verdadeira unha encravada na vida de alguns chatonildos de plantão.

Eu, metida como sempre, fui representante de turma durante todo o curso, e por uma boa parte, representante de todos os alunos junto ao colegiado (uma espécie de conselho obrigatório formado por alguns professores, um representante dos alunos e a coordenação - sentiu a encrenca???). Por isso mesmo, sempre bati de frente com tudo e com todos, e fazia isso com um sorriso na cara e a aprovação dos colegas da minha turma, vista como esnobe por boa parte dos alunos de outros períodos. Hunpf.

A aventura da formatura começou no dia em que decidimos que, por falta de grana e de paciência para cerimônias infinitas, e por estarmos em um número ridículo de alunos, faríamos a colação de grau e a festa tudojuntoaomesmotempoagora. Então, decidimos que fariamos tudo em um restaurante tradicional da cidade, onde após recebermos nossos canudos, já faríamos o jantar para nossos convidados e depois colocaríamos um DJ para trabalhar. Claro que tudo isso era ótimo, perfeito e bem planejado na nossa cabeça, mas convencer o cerimonial da faculdade de que poderíamos fazer isso funcionar foi outros quinhentos. E põe quinhentos nisso. Acho que poucas vezes me irritei tanto em uma reunião qto na em que tivemos que bater pé e dizer que a #$%&*# da formatura era um evento nosso, e não da faculdade, portanto tínhamos o direito de decidir onde e o que faríamos. Ah, claro, como boa produtora que sou, acabei assumindo, junto com a minha garota QI Heloíse, toda a organização do evento. O que na verdade eu adorei fazer, pq por sendo a controlfreak que eu sou, ia ser difícil deixar tudo nas mãos de outras pessoas. Mas enfim. Depois de sangue e lágrimas, convencemos a fofa da cerimonial a liberar a formatura, e fomos atrás de tudo que precisávamos - desde contratar um mestre de cerimonias, um dj, uma fotógrafa, até alugar palco, contratar a decoração, as becas, canudos, etc. E tudo isso com zero de orçamento, o que sempre deixa a coisa mais... divertida, digamos assim. Depois de muita dor de cabeça, como não poderia deixar de ser, conseguimos organizar tudo e ainda organizar a cerimônia de maneira que cada um dos 10 formandos tivesse um papel nela. Euzinha, fui eleita a oradora, então além de tudo tive que escrever um discurso que ao mesmo tempo não ofendesse ninguém, mas que tbem não deixasse de demonstrar toda a rebeldia da nossa turma e enviasse os devidos recados para as pessoas que sabíamos, iriam soltar rojões depois de nos verem pelas costas.

Qdo o bendito dia chegou, lá fui eu na metade da tarde, de bob no cabelo e tudo, para o restaurante, acompanhar a montagem do palco, etc, etc. E foi daí que algumas coisas, como não poderiam deixar de ser, desandaram. Mas novamente, como boa produtora que sou, tudo estava sob controle, até o restaurante não achar o @#$%&* do púlpito que haviam nos garantido que tinham, e a fofa da cerimonial dizer que sem púlpito não haveria formatura. Tudo isso a menos de meia hora da cerimônia começar. Juro que se eu não arranquei algumas cabeças naquele dia, é pq eu tremia tanto de raiva, que qquer golpe com meu sabre de luz imaginário teria sido fatal - para mim, é claro. Enfim, resolvido o problema do púlpito e com todas as cabeças intactas, a cerimonial - já mencionei que ela era fofa? - quis implicar com meu discurso, achando que eu ia ser deselegante com ele. Moi???? Claro que não, pq afinal todo mundo sabe que eu nunca desço do salto, especialmente na frente de mais de 200 pessoas, não é mesmo....

Reparem na minha cara relaxada e feliz.

Qdo finalmente fomos começar a cerimônia, eu descobri que simplesmente estava com as pernas bambas de nervosismo (e resquício de ódio no coraçãozinho) e tremendo feito uma vara verde. Então foi divertido entrar pelo restaurante, fazer cara de séria, ouvir todos os discursos, levantar e fazer o meu próprio discurso, receber a placa de melhor aluna do curso das mãos da coordenadora, pegar o canudo, chorar horrores ao entregar para minha mãe a placa de homenagem aos pais, e por último, jogar o chapéuzinho do qual eu nunca lembro o nome para cima e saber que finalmente, aquela fase da minha vida havia acabado.


No meio disso tudo, houve claro, o tradicional power point com as fotinhos dos alunos quando crianças e adultos, embalado por uma música maravilhosa que graças à herança rock&roll da nossa querida colega Helen, já era trilha dos nossos anos de faculdade. Nos momentos que as luzes se apagaram e a apresentação começou, e a letra da música começou a contar um pouco da nossa história, foi inevitável não pensar em tudo que eu havia passado para chegar até ali, e tudo que havia compartilhado com aquelas pessoas que estavam à minha volta. Foi emocionante, foi de tirar o fôlego, foi lindo. E com certeza, é essa música que sempre me lembrará desse momento.

Sras. e Srs., com vcs, Vamos Fazer Um Filme, do Legião Urbana.





"Achei um 3x4 teu e não quis acreditar
Que tinha sido há tanto tempo atrás
Um bom exemplo de bondade e respeito
Do que o verdadeiro amor é capaz
A minha escola não tem personagem
A minha escola tem gente de verdade
Alguém falou do fim-do-mundo,
O fim-do-mundo já passou
Vamos começar de novo:
Um por todos, todos por um

O sistema é mau, mas minha turma é legal
Viver é foda, morrer é difícil
Te ver é uma necessidade
Vamos fazer um filme

O sistema é mau, mas minha turma é legal
Viver é foda, morrer é difícil
Te ver é uma necessidade
Vamos fazer um filme
E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?
E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?"

Todo mundo caprichando na cara de comportado.


Ninguem viu minhas perninhas tremendo feito vara verde.


Recebendo placa de melhor aluna da coordenadora...



"Se começamos entre muitos desconhecidos, terminamos entre poucos melhores amigos. E se amigos são a família que escolhemos, como verdadeiros pais soubemos guiar uns aos outros pelas dificuldades do percurso, oferecendo um abrigo protetor e um refúgio mais do que necessário em tantos momentos que nos foram marcantes. Como verdadeiros irmãos e irmãs, soubemos respeitar nossas diferenças – religiosas, políticas, ideológicas – e brigar, brincar e nos divertir com a mesma paixão e leveza que apenas uma verdadeira família possui. Unidos contra as injustiças do mundo e contra o sistema, nossa pequena família se manteve forte, fiel e revolucionária, afinal, se o sistema é mau, a nossa turma é legal."
(parte final do meu discurso!!)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

day 06 - a song that reminds you of somewhere

@#$%¨&*&¨%$#@!!!!!!!!!!!!!!!


Eu acabei de perder o maior post do mundo (mentira, mas ele era longo, e tava legal, e por algum motivo eu selecionei o texto para formatar e tudo simplesmente sumiu) e to com vontade de chorar. Era um post bonitinho, falando como eu tenho me sentindo meio blergh nos últimos dias, e por isso sem vontade de escrever (para não contaminar ninguém com as minhas blerghuisses), e que eu estava atrasada no 30 days song challenge, e que havia sido difícil escolher uma musica que me lembrasse de algum lugar, pq só me ocorriam músicas ruins que me lembravam de lugares ruins, dai eu comecei a pensar ao contrário, pensei em um lugar bom e bazinga! Lembrei da minha viagem para Buenos Aires com a minha melhor amiga Cindy, que foi tudo de bom e maravilhoso, na cidade dos sonhos, com a cia da minha sister do coração (snif, eu tinha feito comentarios engraçados e tão sweets a respeito dela, meleca!!), e que antes de viajarmos haviamos ido assistir 500 days of summer (e dai eu havia falado do filme, @##$%¨&¨%#!!, que era uma graça e sobre como eu havia me identificado com o personagem principal), e que eu havia adorado a trilha sonora (The Smiths, Regina Spektor, e mais zilhões de coisas boas), e que apóis baixar o cd e esquecer de entregar para a Cindy durante meses, decidi levar para BsAs qdo fui me encontrar com ela lá, e sem mais nem menos ele virou a trilha sonora da nossa viagem.

Mas é claro que eu tinha falado tudo isso com mil e um detalhes, com varias piadinhas sem graça e tudo que eu tinha direito. Mas o destino é cruel e pessoas blergh não devem se manifestar, então vou ser rápida e dizer que, como o desafio é escolher uma música e não um album, eu havia escolhido a música que mais me chamou a atenção na trilha, pela letra gracinha e pelo ritmo que até hoje me faz querer sair dançando no meio da rua - qdo eu não estou querendo destruir computadores que engolhem meus textos, óbvio.

Então, sem maiores delongas, Sras. e Srs., She's Got You High, de uma banda chamada Mumm-ra, sobre a qual eu nunca me dei ao trabalho de pesquisar, mas que merece o premio de originalidade pelo nome, vamos concordar. tunder, tunder, tundercartsss uhaa!!




E como eu sou boazinha, vou deixar vcs com algumas fotos da viagem - já que tudo que eu escrevi não sobreviveu, fiquem pelo menos com as imagens!!
E blergh para vcs! Hunpf.

não, não era uma geleira.


era o mar de nuvens que me levou até lá.

Camiñito e Dieguito.


eu e minha Quilmes.



e eu e minha sister.


E por hoje é só pessoal!! =P

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Um breve segundo para agradecer... ah, e o day 05 - a song that reminds you of someone

Quase meia-noite e meia, e eu ainda aqui, tentando escrever o post nº 5 do 30 day Song Challenge, pq afinal de contas eu havia decidido ser fiel ao desafio e escrever um post por dia, e já fiquei para trás nos ultimos dois (pschhhhhh, eu não conto para ninguém, se vcs não contarem). Então eu enfrentei o sono, encarei o cansaço, fiz um sanduíche e uma xícara de nescau, e sentei minha bunda na cadeira da sala para escrever no computador capenga da minha mãe - pq meu netbook chegou hoje, mas veio com defeito na placa wireless e agora eu tenho quase um computador da barbie para escrever coisas no word. Hunpf.

Ah tá, o desafio. Mas minha mente se nega a pensar no desafio. Aqui, tremendo de frio (eita terra fria essa Curitiba meu deus!), tomando chocolate quente e ouvindo minha mãe sentada no sofá falando sobre a morte do Bin Laden, eu sinto uma imensa vontade de escrever sobre tudo, e sobre nada ao mesmo tempo. Sinto uma imensa vontade de escrever simplesmente sobre a minha vida, quem sabe para simplesmente agradecer pelo que hoje é - ou melhor, pelo que hoje eu fiz da minha vida. Agradecer pq eu tenho uma mãe com quem eu posso falar sobre o Bin Laden, enquanto assistimos a mais um dos infinitos programas de decoração que ela tanto gosta. Uma mãe que me espera acordada todos os dias, mesmo em dias como hoje, qdo eu chego tarde da noite de uma reunião de trabalho, e pareço mais interessada no computador do que nela. Agradecer pq eu acabei de vir de uma reunião de trabalho, que na verdade foi uma reunião com alguns dos meus melhores amigos, de onde saímos com um argumento pronto e uma possibilidade de trabalharmos juntos e fazer algo em que realmente acreditamos. Agradecer por ter algumas pessoas para chamar de melhores amigos, agradecer por eles terem entrado na minha vida a mais de um ano atrás, e principalmente, por terem ficado nela - sem previsão nenhuma de sair. Agradecer por poder ter amigos que ficarão na minha vida sem previsão de sair, simplesmente pq hoje em dia eu mesma não tenho mais previsão de sair dela, de me mudar, de ter que começar tudo de novo em algum outro canto qquer desse país. Agradecer pq finalmente eu me acostumei a ficar em único lugar, e acreditei que poderia começar projetos a longo prazo, sem aquela sensação absurda de que eu ia ter que largar tudo de uma hora para outra. Agradecer pq graças a ter superado tudo isso eu terminei uma faculdade, onde aprendi coisas maravilhosas que eu nunca vou usar na vida. Mas onde eu conheci algumas das pessoas que hoje em dia são tudo para mim. Agradecer pelo bendito dia em que minha melhor amiga resolveu se inscrever naquele mesmo vestibular e cursar apenas um semestre de faculdade, e agradecer mais ainda por uma noite qquer onde decidimos ficar conversando somente nós duas, ao invés de subir direto para a sala, e descobrimos ali uma afinidade que nunca teria fim e que renderia mais horas de conversa do que a língua humana é capaz de aguentar. Agradecer pq essa mesma amiga consegue conhecer tudo a meu respeito, e ainda assim me amar e respeitar -além de me dizer qdo eu estou surtando e passando dos limites, como ela sempre faz. Agradecer pq graças a ela e a todas as conversas que nós tivemos - e teremos - eu me tornei uma pessoa melhor, que se conhece melhor e que por isso mesmo, surta menos, a cada dia bem menos (baby steps, baby steps). Agradecer pelo dia em que eu me apaixonei por alguém que me fez querer trabalhar com direitos humanos - e que isso tenha me feito muito mais feliz do que a paixão em si. Agradecer pq trabalhar com direitos humanos me rendeu amigos, crenças, uma causa na qual acreditar, e uma Parada anual que é a luz dos meus olhos. Agradecer pelo dia em que nesse mesmo trabalho tivemos a idéia de fazermos alguns documentários, e para isso, contratamos alguns moços bonitos que mexiam com isso em Curitiba. Agradecer pelo dia em que meus atuais chefes entraram em meu antigo escritório com câmera na mão, e eu vi que minha paixão pela sétima arte não tinha morrido no minuto em que eu tranquei a faculdade de Cinema no RJ. Agradecer pq a vida deu voltas e voltas, e de alguma maneira absurda eu acabei, um ano depois, trabalhando para aqueles mesmos moços bonitos que hoje eu chamo de chefes e amigos. Agradecer pq eu achei meu lugar no mundo qdo me meti a fazer produção, e vi que finalmente aquela mania de dar conta de tudo e de resolver os problemas do mundo teria uma função prática e útil. E que todas aquelas contas que eu aprendi a fazer qdo trabalhava no pior emprego do mundo, na tesouraria de uma escola de inglês, serviram para me ensinar a cuidar de uma parte dos projetos que quase ninguém quer saber. Agradecer pq mesmo em crise, eu ainda consigo perceber que eu faço algo que amo, que me completa e que isso é perceptível para quem trabalha comigo - e por isso mesmo eles continuam querendo que eu trabalhe com eles. Agradecer pq mesmo cansada, eu tenho dois filmes para produzir em dois meses, dois roteiros para escrever com meus amigos, vários projetos para tirar do papel e uma tonelada de idéias esperando para ganhar vida. E mesmo qdo minha única vontade é ficar deitada no escuro do meu quarto, todas essas coisas me fazem levantar da cama e encarar minhas responsabilidades de frente, pq meu trabalho, minha reputação como profissional, é o que eu tenho de mais meu nessa vida. Agradecer pq perto daquela menina assustada que eu costumava ser quando era adolescente, com medo de que a vida nunca fosse tão boa qto em meus sonhos, a mulher que eu me tornei conseguiu realizar muito - embora a sensação ainda seja de que é pouco, muito pouco.

Agradecer por ser eu mesma, simples assim.

Ah..... o desafio. Pois é. Depois dessa sessão de terapia online, difícil pensar em uma música que me lembre alguém.... Pq de todas as pessoas pelas quais eu agradeci aí em cima, de nenhuma delas eu vou realmente lembrar através de uma música. Ah, claro, existe a Detalhes que eternamente vai lembrar minha mãe, existe toda a trilha do 500 days of Summer que sempre vai me lembrar das melhores férias da minha vida, em Buenos aires com a minha melhor amiga Cindy, existe a Lose somebody, do Kings of Leon, que para sempre, ever and ever, vai me fazer lembrar da Gi, e de nós duas, às duas da manhã, voltando cansadas e moralmente exaustas de um set de gravação e berrando essa música com os vidros do carro abertos, como se cada palavra de música posta para fora tivesse o poder de aliviar o cansaço e as frustações daquele dia. Existe até a Californication, do Red Hot Chilli Peppers, que me lembra a minha irmã pelo simples fato de que deve ser uma das músicas que ela mais odeia no mundo. Mas não. Não tô afim de falar de nenhuma dessas músicas, nem de nenhuma dessas pessoas (mas coloquei os links para o facebook delas para que mesmo sem que eu fale, vcs possam dar uma espiadinha e conhecer um pouco algumas das pessoas que fazem meu mundo girar).

Eu quero mesmo, depois de tanto agradecer por ser eu mesma, é falar é de mim. Quero falar da pessoa que eu fui, ou melhor, das pessoas que eu fui e que me transformaram em quem eu sou hoje. De todas as pessoas que eu já fui, em todos os momentos da minha vida, existe uma que eu guardo junto ao peito. Era uma menina de 18 anos, que jurava que era mulher, e que tinha o mundo aos seus pés - e que como toda menina de 18 anos, ficou com medo e deixou o mundo escorrer por entre os dedos. Mas era uma menina que amava com vontade, que sonhava com vontade, que era forte, muito mais forte do que ela mesma sabia. Era uma menina que havia sobrevivido à adolescência sem nem saber como, e que ainda olhava as estrelas pensando que sua alma gêmea estava em algum canto olhando elas também - e que olhava a lua e via um símbolo mágico, e tinha toda a vontade de compreender os mistérios do universo. Se eu tenho que lembrar de alguém hoje, é dessa menina que eu quero lembrar. E sim, existe uma música que me lembra dela, com tanta clareza que eu posso sentir o cheiro do seu quarto, lembrar do azul das paredes, do calor das noites cariocas, da textura dos botões do rádio velho onde ela colocava a fita cassete onde havia gravado a tal música, direto de um programa qquer da Jovem Pan.

Momento para confissão: eu tenho vergonha dessa música. Ela devia era estar no dia dos guilty pleasures ou ainda, no dia da musica que eu costumava amar e agora não gosto mais. Tenho tanta vergonha dessa musica que pensei em dizer que a música q mais me lembra eu mesma naquela época é a Love of my Life, do Santana, cantada pela voz lindaesexyetudodebom do Dave Matthews - que com certeza é a minha música favorita daquela época. Mas não estou falando da minha música favorita, estou falando da música que mais me lembra a menina q eu era naqueles dias. E eu posso lembrar perfeitamente das noites em que eu deixava as imensas janelas do meu quarto (no 11º andar de um daqueles muitos edificios antigos de Niterói) abertas, só para ver a lua gigante sobre a praia, que de tão bonita que era sob o luar, nem parecia tão poluída qto era durante o dia. Lembro com perfeição das noites em que passei olhando a lua como quem olha para um futuro e um universo cheio de possibilidades, enquanto a música no radio dizia "Met you underneath the moon, the night was over much too soon....".

Sra. e srs., com vcs, You Stay With Me, de ninguém menos que Ricky Martin. Sim, é brega, e sim, a voz dele é péssima até para um ex-menudo. Mas aquela menina de 18 anos gostava, e é nela que eu quero dormir pensando hoje.



segunda-feira, 2 de maio de 2011

day 04 - a song that makes you sad

Aiai. Poxa, uma canção que me deixa triste.....


Na verdade eu pensei em duas: a primeira que me ocorreu , é uma das musicas mais lindas de todos os tempos, sobre a qual, para variar, eu já escrevi aqui. Essa música fala sobre uma noite perfeita, onde tudo o que vc vai precisar para te fazer feliz pelo resto da sua vida, é a lembrança, a memória daquele instante mágico, daquele sorriso da pessoa amada, daquele momento em que a vida era completa, simplesmente por ter alguém tão especial do seu lado. E é exatamente por isso, que ela me deixa triste. Saudades de algo que eu nunca tive, sabecomoé? Mas daí eu pensei melhor - e Deus sabe que eu estou sempre mudando de idéia e pensando melhor - e eu achei injusto eleger essa música como algo que me deixa triste. Pq sim, ela me deixa triste, melancólica, mas se eu for sincera comigo mesma (oh my!), ela também, bem lá no fundo, desperta em mim um restinho de esperança, uma vontade, uma espécie de desejo, daqueles pedidos que fazemos em silêncio quando vemos uma estrela cadente, e que guardamos num cantinho do peito, para que nem a gente mesmo se lembre - e sinta falta - dele.


So no, this one won`t do it. Então daí eu pensei, pensei, pensei, e de repente, lembrei. Lembrei de uma música que eu não escuto a muito tempo, exatamente pq ela, ao contrário da música aí em cima, me faz pensar em tudo o que eu não quero - nem ser, nem ter. É uma música daquelas doloridas, sofridas, que acenam com todo o desespero que qquer um que realmente já amou, sentiu em um momentou ou outro. Ela fala sobre o desespero por compreender a pessoa amada, por saber o que a faria feliz, ou pior, por saber onde foi que você errou, e como vc poderia se moldar, se transformar no que essa pessoa quer, como se isso fosse resolver tudo. E é exatamente esse desespero que me corta o coração e me faz lembrar de quantas vezes eu também já me perguntei todas essas coisas, e quis ser algo que eu não era, na tentativa de ser amada. Essa música para mim, é a música da negação, daquele momento estúpido onde não vemos que não importa o que a gente faça - se sabemos ou não quais são as cores e as coisas que prenderiam aquela pessoa - pq essa pessoa simplesmente não nos quer. Simples assim. (Mas é claro que nunca é simples assim).

Hoje em dia, isso me dá um medo danado, sabia? Talvez até maior do que o medo de ficar sozinha. Fico apavorada com a possibilidade de me pegar em algum momento, pensando em como eu poderia mudar para tentar ser algo que eu não sou - alguém que eu não sou - para conquistar um amor de uma pessoa que na verdade, nunca me quis (pq afinal se me quisesse, eu não precisaria ser nada mais além do que eu mesma).

E é exatamente por isso que essa música nunca falha em me deixar triste, com uma vontade imensa de chorar e uma melancolia que não tem fim. Pq me dá medo - medo de todas as vezes na vida, em que eu ainda vou me pegar perguntado "Será que você ainda pensa em mim?"...

Meleca né??

Sras. e Srs., com vcs, Quase um Segundo, composta por Herbert Vianna, mas cantada por Cazuza - pq foi através da voz dele que eu a escutei pela primeira vez, e pq ninguém cantava uma tristeza como ele...



"Eu queria ver no escuro do mundo

Aonde está o que você quer
Pra me transformar no que te agrada
No que me faça ver
Quais são as cores e as coisas pra te prender
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei

Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?

Ás vezes te odeio por quase um segundo
Depois te amo mais
Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo
Tudo que não me deixa em paz

Quais são as cores e as coisas pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei

Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?"

sábado, 30 de abril de 2011

day 03 - a song that makes you happy

Na verdade, eu tenho algumas músicas que sempre colocam um sorriso no meu rosto. Mas tem uma em especial, que nunca falha em me fazer sentir leve, feliz, quase sexy - in a very, very happy way.
;)

Como eu já havia escrito um post sobre ela láááá em 2009, resolvi copiar ele aqui, inclusive com um quadro, que não tem nada a ver com o desafio, mas que me ajuda a explicar o pq eu gosto tanto dessa música....

Sras. e Srs., Lets do it.




Eu simplesmente amo essa música, por causa dessa cena deliciosa de um dos clássicos sessão da tarde da minha infância....








Qdo ouvi a versão em português com a Elza Soares e o Chico, amei mais ainda....







Sabe qdo uma música te faz bem, faz tudo parecer mais simples? Just like love should be??

E então, dei de cara com essa imagem aí em cima, a combinação do meu quadro favorito, com uma das minhas músicas prediletas.... Engraçado que este quadro para mim (e todas as versões desse "O Beijo" do Klimt) representa o amor em sua forma mais sofrida, necessária, entregue. Enquanto a música, é o amor sacaninha, gostosinho, aquela coisa tudo de bom que coloca um sorriso na sua cara e te faz ficar de bem com a vida.

Gostei da combinação inusitada dos dois. E nessas fases de epifanias desvairadas, fico pensando se dá mesmo, para combinar tudo isso na vida real.... Será?



Let's do It (let's Fall In Love)



Birds do it, bees do it
Even educated fleas do it
Let's do it, let's fall in love

In Spain, the best upper sets do it

Lithuanians and Letts do it
Let's do it, let's fall in love

The Dutch in old Amsterdam do it
Not to mention the Fins
Folks in Siam do it - think of Siamese twins

Some Argentines, without means, do it
People say in Boston even beans do it
Let's do it, let's fall in love

Romantic sponges, they say, do it
Oysters down in oyster bay do it
Let's do it, let's fall in love

Cold Cape Cod clams, 'gainst their wish, do it
Even lazy jellyfish, do it
Let's do it, let's fall in love

Electric eels I might add do it
Though it shocks em I know
Why ask if shad do it - Waiter bring me
"shad roe"

In shallow shoals English soles do it
Goldfish in the privacy of bowls do it
Let's do it, let's fall in love







Façamos



Elza Soares

Composição: Chico Buarque
Os cidadãos no japão, fazem
Lá na china um bilhão, fazem
Façamos, vamos amar!
Os espanhóis, os lapões, fazem
Lituanos e letões, fazem
Façamos, vamos amar!
Os alemães em berlim, fazem
E também lá em bonn...
Em bombaim, fazem
Os hindus acham bom.
Nisseis, nikeis e sanseis, fazem
Lá em são francisco muitos gays fazem
Façamos, vamos amar!
Os rouxinóis e os saraus fazem
Picantes pica-paus fazem
Façamos, vamos amar!
Os jaburus no pará, fazem
Tico-ticos no fubá, fazem
Façamos, vamos amar!
Chinfrins galinhas afins fazem
E jamais dizem não...
Corujas, sim, fazem
Sábias como elas são
E os perus, todos nus, fazem
Gaviões, pavões e urubus, fazem
Façamos, vamos amar!
Dourados do solimões, fazem
Camarões e camarães, fazem
Façamos, vamos amar!
Piranhas, só por fazer, fazem
Namorados, por prazer, fazem
Façamos, vamos amar!
Peixes elétricos bem, fazem
Entre beijos e choques...
Garçons também fazem
Sem falar nos hadocs
Salmões no sal, em geral, fazem
Bacalhaus do mar em portugal, fazem
Façamos, vamos amar
Libélulas e nambus, fazem
Centopéias sem tabus, fazem
Façamos, vamos amar!
Os louva-deuses, por fé, fazem
Dizem que bichos de pé, fazem
Façamos, vamos amar!
As taturanas também fazem
Um amor incomum
Grilos, meu bem, fazem
E sem grilo nenhum.
Com seus ferrões, os zangões, fazem
Pulgas em calcinhas e calções, fazem
Façamos, vamos amar!
Tamanduás e tatus, fazem
Corajosos cangurus, fazem
Façamos vamos amar!
Coelhos só e tão só, fazem
Macaquinhos no cipó, fazem
Façamos, vamos amar
Gatinhas com seus gatões,fazem
Dando gritos de ais...
Os garanhões fazem,
Esses fazem demais
Leões ao léu, sob o céu, fazem
Ursos lambuzando-se no mel, fazem
Façamos, vamos amar!
Façamos, vamos amar!!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

day 02 - your least favorite song

Hunpf. Infelizmente, não sofri tanto para chegar a uma conclusão sobre qual música seria essa.

Na verdade, a primeira que me ocorreu foi uma que para mim, assim como a minha recém eleita música favorita, tem o poder de me transportar - só que dessa vez, para os portões do que foi o inferno da minha ainda breve (hopefully) existência.

Essa música foi na verdade a trilha sonora do que meu pequeno little trash movie particular, o qual eu gosto de chamar de 2001 - Uma Odisséia na Bahia. Recém chegada dos EUA, acabei tendo que me mudar para Porto Seguro com meus pais, e voilà, me tornei a única pessoa que foi para a Bahia e voltou estressada, com uma gastritequaseúlcera e com um imenso ódio no coraçãozinho por axé music. Então, qdo tive que pensar em uma música que eu realmente detestasse, nada mais natural do que lembrar da canção do inferno que era repetida, 24 horas por dia, em carros de som que insistiam em estacionar em frente ao hotel onde eu trabalhava como chefe de recepção, enquanto eu olhava aquele lindo mar azul do outro lado da rua, maquiada feito uma arara, usando a meia calça mais quente do mundo e trepada no salto mais desconfortável da minha vida. Super tropical e baiano. Mas quando eu achava que nada no mundo poderia ser pior do que essa Bomba (literalmente) que soava como um mantra para o meu desespero - se vc tem altas tendências masoquistas e gosta de sofrer, clique aqui - lembrei que na verdade, existia sim, uma música que ainda mais do que essa, me fazia querer furar meus tímpanos cada vez que eu, por puro acidente ou maldade do universo, a escutava.

Era uma vez, em uma cidadezinha do interior do Paraná, divisa com Santa Catarina, uma jovem adolescente que por motivos além da compreensão humana, desenvolveu uma devastadora paixão por um dos playboys da cidade - que obviamente, nunca soube que ela existia, embora tenha ficado com todas suas amigas na época (felizmente quase todas ainda permanecem suas amigas hoje em dia). Não fosse o bastante todo esse sofrimento, nossa jovem heroína ainda contava, no seu seio familiar, com pessoas amáveis e sem noção, que não se tolhiam ao tirar sarro de sua fracassada vida amorosa sempre que podiam. E sim, estou falando dessas criaturas horrorosas às quais temos que chamar de irmãos. Acontece que o tal objeto da paixão de nossa protagonista era filho de fazendeiros da região, que quem diria, plantavam batatas. E este mero fato serviu para que a piormusicadetodosostemposinfinitosdomundo fosse eleita como trilha sonora do escárnio dirigido à nossa sofredora mocinha. E sim, eu sei que preciso de terapia.

A música, uma mistura horrenda de pagode com sertanejo (e há quem diga que o que é ruim não pode piorar), dizia algo como "Apesar de colher as batatas da terra... Com essa mulher eu vou até pra guerra". E com essa única estrofe, nossa heroína sofreu por anos sem fim, muito depois de ter se mudado da pequena cidade e de ter esquecido até mesmo o nome do fulano. Mas como toda boa tortura nunca acaba, alguns anos depois, nossa heroína realizava seu grande sonho na vida - ir passar uma temporada nos EUA, acompanhada de sua irmã. Chegando lá, fascinada com tudo, ela resolve ir visitar o Museu de História Natural em New York, uma das coisas mais lindas, embasbacantes e maravilhosas do planeta (especialmente para ela que sempre foi viciada em historia e todas as coisas nerds relacionadas). Chegando no museu, e se sentindo como Neil Armstrong pisando na Lua, ela e sua irmã decidem entrar na lojinha do local (afinal elas eram brasileiras e adoravam uma lojinha). E qdo ela entra na lojinha..... Nãããããooooooooooooooooooo!!!!! Simmmmmmmmmmmmmmmmmmm!!!! Dos auto falantes escondidos nos cantos mais remotos daquelas lojinha, saía uma voz anasalada cantando "E digo o que ela significa pra mim... Ela é um morango aqui no nordeste... Tu sabes não existe sou cabra da peste... Apesar de colher as batatas da terra...".

Sério. Tenho uma testemunha viva (que por algum milagre, não morreu engasgada de tanto rir qdo escutou a maldita música). Mal sabia eu que a tal lojinha do Museu gostava de dedicar cada dia para um país, sintonizando em radios que tocassem as músicas típicas do local escolhido durante um dia..... Mas até hoje, mais de 12 anos depois, eu ainda lembro da sensação absurda de que o inferno existia, e que ele havia me perseguido até Nova Iorque. Por isso essa música tem que ganhar o troféu da mais detestada de todos os tempos. Pq além de ser péssima, de extremo mal gosto, ter uma letra absurda e uma voz irritante, ela conseguiu contaminar um dos momentos mais incríveis da minha vida. Preciso falar mais?

Sras. e Srs., com vcs, a pior música da história. (e sim, eu vou compartilhar, pq amigo que é amigo, sofre junto. e tenho dito!!! :P)


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sobre esteriotipos...



A alguns dias dei de cara com esse video simplesmente incrivel. chega a ser engraçado me deparar meio que por acidente, com uma fala que consegue resumir, em poucos minutos, tudo aquilo que eu saí da faculdade querendo dizer.... o video fala sobre a criação de esteriótipos e do perigo de termos apenas uma versão de algo - seja de fatos ou de culturas.


falei muito disso na minha monografia, desta relação entre poder e cultura, e de como o poder acaba moldando o imaginário popular - e criando versões únicas e verdadeiras de povos, nações e da própria história. não consegui evitar de sorrir qdo ela fala, no final do video, sobre nollywood, a industria de cinema nigeriana (a maior do mundo em numero de produções), pois lembrei de ver a mesma reação descrita por ela, em meu orientador, ao ler meu capitulo que falava sobre como essa industria estava revolucionando o mercado e a imagem dos nigerianos. mesmo ele, professor de antropologia, nunca havia ouvido falar dessa industria, e ficou espantando ao saber que um país africano havia sido responsável por um boom cultural dessas proporções. mesmo ele - profundo entendedor das diferenças culturais do mundo - em um primeiro instante se chocou com a quebra deste paradigma: o da miséria econômica e cultural africana.


qtas vezes, em sala de aula, nos deparamos com colegas e até mesmo professores se referindo à Africa como sendo um único país, uma massa homogênea de pobreza e falta de perspectivas? e o fato de estarmos pagando para aprendermos exatamente as diferenças entre culturas que tanto permeiam as relações internacionais só tornava tudo mais ridiculo.


mas o que eu mais gostei desse vídeo (e depois de tanto texto, talvez vcs até percam a vontade de ver o tal vídeo), foi a percepção de que o discurso sobre o perigo das histórias únicas e da criação de esteriótipos serve não somente para povos e suas culturas, mas tbem para pessoas e comunidades. para mim, foi inevitável pensar no esteriótipo perpetuado pela mídia (e encravado no imaginário popular) dos gays afeminados e lésbicas masculinizadas. como dito no vídeo, "o problema com esteriótipos não é que eles estejam errados - apenas são incompletos". esteriótipos são limitadores, fazem com que rótulos maquineístas sejam estampados em letras garrafais sobre uma diversidade infinita de pessoas e costumes. como Chimamanda Adichie fala, esteriótipos e histórias únicas enfatizam somente as diferenças, e fazem com que as similaridades, as características compartilhadas que proporcionariam a compreensão e aceitação, sejam ignoradas. todo mundo sabe que é da natureza humana temer o que lhe é estranho, diferente. e esteriótipos nada mais são do que a exaltação da diferença. é a perpetuação de esteriótipos que faz com que no mundo pós 11 de setembro, todo árabe seja considerado, até que prove o contrário, um possível terrorista. é o esteriótipo que faz com que todas as mulheres de véu sejam consideradas ou possíveis mulheres bombas, ou inevitáveis vítimas de uma sociedade patriarcal e dominadora - como se não fosse possível que, por algum motivo (quase incompreensível para mim mesma, eu confesso), elas achassem um direito seu professar sua religião e sua fé através de suas vestimentas.


latinos (com cara de latinos e não com traços de seus antepassados europeus) querendo visitar países de "primeiro mundo", com certeza serão futuros imigrantes ilegais. gays não são aptos a trabalhos braçais ou que exijam imposição da força física ou de caráter - como o serviço militar por exemplo. artistas são pessoas que não queriam trabalhar "de verdade" e resolveram passar a vida vivendo o hobby das pessoas sérias. direitos humanos são para presos e bandidos. japoneses tem a obrigação de serem viciados em tecnologia e super inteligentes. argentinos são arrogantes e mal educados. pessoas acima do peso são preguiçosas e incapazes. e por aí vai.


sem que percebamos, nosso dia-a-dia é preenchido pela perpetuação destes esteriótipos - consagrados por indústrias midáticas que nada mais são do que representações do poder vigente. os esteriótipos fazem com que direitos civis sejam cerceados ou negados, fazem com que o peculiar e diferente, se transforme em estranho e amedrontador. e pode parecer quase impossível nos vermos livres deles, mas não é. o Brasil por exemplo, aos poucos consegue quebrar sua imagem de país tropical, fornecedor de bundas, caipirinha e futebol, e se provar uma potência econômica, capaz de liderar seus irmãos em desenvolvimento. se um país gigantesco pode, pq nós também não? eu pessoalmente, acabei de decretar que esteriótipo é uma das piores e mais cruéis palavras do meu vocabulário. e vc, que tal quebrar alguns esteriótipos hoje?