terça-feira, 22 de setembro de 2009

Juiz do PR tornou ilegal um site de troca de arquivos - Inacreditável!!


Hoje abrindo os emails do trabalho, dei de cara com uma notícia estarrecedora: um juiz do PR tornou ilegal um site de troca de arquivos e condenou o fabricante de um software P2P pelos usos que seus utilizadores podiam fazer dele: http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/economia/conteudo.phtml?tl=1&id=925856&tit=Decisao-do-TJ-contra-software-gera-criticas

Depois, li um texto ótimo da Fabs, colega de trabalho que ensina, difunde e defende todas as formas de software livre, e não poderia concordar mais. Nas palavras dela:

"Explorar P2P não é errado, o problema é o vínculo do enriquecimento
ilícito baseado no empobrecimento do artista” ???

que empobrecimento? desde quando artistas conseguem viver da venda de
CDs ou DVDs? o empobrecimento é das majors, das gravadoras, das
produtoras, não dos artistas, estas é que estão muito preocupadas,
pois não podem mais explora-los como faziam antes.

Assistam God Copy Bad Copy:

http://video.google.com/videoplay?docid=4167507426251202806#

Ajuda muito a entender a questão...."

-- Fabianne Balvedi http://fabs.estudiolivre.org





Em meio a tudo isso, arquivos de rapidshare e similares estão sendo derrubados, e blogs como o Pistola D'agua estão sendo caçados dando início a uma verdadeira caça às bruxas.

Eu admito que não compro um cd a muito tempo, mas simplesmente por não dispor de R$40,00 para cada cd q gostaria de escutar. Eu vivo e respiro música, e sou a primeira a dizer q devo isso à disponibilização de arquivos pela internet, pois se não fosse assim, não teria acesso a nem um décimo das músicas que escuto, nem conheceria um terço dos artistas q conheço. Até onde esse troca-troca promove os artistas e faz com que os shows destes (verdadeira fonte de renda para dos músicos) lotem?
Saindo do âmbito da música, é só citar o caso do Tropa de Elite, q bateu recordes de bilheteria, apenas pq virou fenômeno da pirataria. Eu sou totalmente contra a INDÙSTRIA da pirataria, q envolve uma máfia envolvida com contrabando de cds e dvds, lavagem de dinheiro e outras coisas. E ao meu ver, a livre disponibilização de arquivos DE GRAÇA na web é a unica maneira de se compater a pirataria. E é importante diferenciar a troca de arquivos de pirataria, que ao meu ver, é o ganho de lucros indevidos em cima da obra de outros.

Daí surge a Lily Allen dizendo q isso acabará com os novos músicos, que não terão a chance de se lançar no mercado. Até entendo o raciocínio dela, e concordo que é mais facil para bandas já bem sucedidas como Radiohead apoiarem o compartilhamento de arquivos, mas essa tecnologia é uma realidade, está aqui, e veio para ficar. No blog, a Fabs lembra q qdo inventaram o gravador de fitas cassetes, disseram q isso iria destruir a indústria dioscográfica. E aqui estamos. Como todas as indústrias do mundo, a discográfica precisa se adaptar a nova realidade, às novas mídias, ao futuro.


Neste sentido, o documentário acima ajuda a compreender quais são as possibiliades para essa nova realidade. Iniciativas como a Creative Commons não só possibilitam novos meios e maneiras de se encarar o negócio da música e dos direitos autorais, mas criam um novo paradigma: a cobrança de direitos autorais mediante o uso comercial da obra. Senão, let it be, let it be.....

O mesmo acontece com a indústria editorial, que vê os e-books rolarem soltos, e tem em seus maiores autores alguns dos mais ardorosos defensores do compartilhamento. O Paulo Coelho mesmo, a dias atrás disponibilizou todos seus livros para download por dois dias, e colocou o endereço no twitter. O autor defende abertamente essa disponibilização, e chegou a fazer propaganda de um site, Pirate Coelho, com todos seus títulos para baixar.... E hoje, what a glorious news! A Biblioteca digital do google descobriu uma maneira de permitir impressões - controladas - de seus e-books.

Agora, depois de ter conseguido a autorização para utilizar duas músicas - uma de uma banda independente, e outra, diretamente da Sony Argentina - para um dos filmes do Ficção Viva, e de ter baixado apenas hoje de manhã, dois cds de um músico argentino que eu não encontraria para comprar aqui, acredito ainda mais neste novo paradigma. E assino embaixo.

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