Os trabalhos da dupla, idílicos e sensíveis, mesmo com suas proporções imensas, tocam um lado lúdico de contos de fada e folclore interiorano, que não passa despercebido a qualquer um que tenha contato com suas obras. Brincando com o absurdo e com a dura realidade brasileira - talvez mais absurda do que os seres mágicos de suas telas e murais - os gêmeos nasceram do Grafite, porém "... Um olhar um pouco mais atento permite concluir que o grafite feito hoje por Otávio e Gustavo mantém poucas semelhanças com aquele que ainda dá sinais de beber da fonte dos precursores : os "manos" afro-americanos que se criaram no Bronx. Essas diferenças entre estilos costumam vir à baila na sempre revigorada polêmica "grafite x pichação". Controvérsia na qual Os Gêmeos preferem não jogar lenha. "A gente já não aguenta mais responder perguntas do tipo ´qual a diferença entre grafite e pichação?´ Isso não importa", dispara Gustavo... O nível de elaboração e a riqueza de detalhes dos murais grafitados pelos gêmeos vêm, segundo eles, de uma obsessão pela prática do desenho. Eles contam que nunca fizeram um curso. O estudo, ainda hoje, acontece em casa. "A gente sempre estudou, desde pequeno: desenho, desenho, desenho".(http://www.brpress.net/noticias.asp?cod=10057)
Brincando com o lado infantil e dreammy de cada um de nós, OsGêmeos abusam da cor e das instalações para provocar a participação do expectador - seja através de instrumentos musicais que podiam ser explorados e tocados, seja através de uma cabeça oca repleta de espelhos e música, ou simplesmente, através de quadros sobre meninos de rua em São Paulo - o que parece impossível diante da obra dos artistas, é a impassividade.
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